A luz confortável acariciou suas costas. Ainda era noite, porém o sol brilhava atrás de Amaldiçoado.
— ME DEIXE MORRER! – gritou.
Seus braços seguravam um galho. Uma das suas botas escorregou e caiu na grama, fazendo um som abafado.
E Amaldiçoado voltou a chorar. Sua maldição incluía torná-lo insistente, e também o consolo da sua única amiga, a árvore com desenho de sol. Sua luz brilhava e dizia sem palavras doces melodias, que o faziam chorar ainda mais.
— EU NÃO QUERO CONTINUAR, NÃO QUERO, NINGUÉM ME QUER VIVENDO, É INÚTIL, É INÚTIL, é inútil...
A luz respondia, fazendo brotar palavras na sua boca.
— Eu preciso continuar. Preciso. Encontrar o meu lugar, o meu lugar longe da cidade de muros...
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A Cidade do Sol
Science FictionEm um continente que só chove, o sol é a única esperança. Desde que os céus fecharam, as vidas dos habitantes de Belarus se tornaram frias e sem sentido. Numa busca desesperada por propósito, adolescentes começam a desenvolver o que chamam de "maldi...