57 - Chatice.

2 0 0
                                    

Porcelana, de repente, lembrou que estava com fome, e começou a bater na porta.

– Ô! Tem alguém aí?

Sua voz causou irritação em alguém que estava no outro lado. Porcelana ouviu o descontentamento e olhou pela fechadura quem era. Viu alguém alto, largo, que vestia belas roupas que o deixavam bem elegante. Do seu lado estava como se fosse um primo, parecido em algumas características. Não o conhecia.

– São os guarda-costas do rei? – perguntou-se Porcelana. E começou a gritar: – EEEII, TEM COMIDA AQUI NÃO?

Aparelhado virou-se para Amaldiçoado.

– Não somos só nós que não almoçamos. – riu.

– Pois é... – Amaldiçoado odiava ter que ouvir aquela voz de novo, ainda mais gritando.

Bernardo, o rei, ainda curioso e intrigado com a situação do seu sobrinho, virou-se para a porta, e ordenou com toda sua autoridade de rei:

– SILÊNCIO! Não sabe se comportar, menina?

Logo Porcelana ficou quieta. Bernardo suspirou.

– Às vezes me pergunto porque Caramelo não herdou a mente de Linda. – disse, com um semblante triste. – Ela é tão mais responsável, racional, cuidadosa...

– Onde está Querido? – perguntou Amaldiçoado.

– Não aguentou ficar no mesmo cubículo que essa menina e saiu pra algum lugar.

– Ela é tão chata assim? – Vinícius se espantou.

– Você não faz ideia. – Amaldiçoado suspirou, apesar de ninguém ali entender como ele tinha tanta convicção do tamanho da chatice de Porcelana.


A Cidade do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora