70 - Elogio.

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– Boa tarde.

– Boa tarde, seu policial.

– Estamos a caminho da sua cidade. Chegaremos às sete da noite, provavelmente. Peço que, por favor, nos permita passar a noite na sua residência.

– Não terei problemas em acolhê-los.

– Oh, sim. A mãe da moça desaparecida quer falar com o senhor.

– Pode passar pra ela.

– Ok. – ruídos precederam a nova voz, que já muito bem conhecida de todos nós. – Alô!!! É o rei Bernardo? Boa tarde!

– Boa tarde, dona...?

– Nazaré.

– Sim, dona Nazaré.

– Como está minha filha?!

– Está muito bem.

– Você deu a ela alguma coisa pra comer?

– Sim, claro.

– E água? A pele dela fica coçando se ela não bebe água. – era mentira.

– Também dei água, dona Nazaré.

– Se eu vir uma mancha vermelha na pele branquinha dela...

– Está tudo bem com a sua filha, não se preocupe.

– Ainda bem! Você é uma pessoa bem cuidadosa.

– Obrigado... – Bernardo sentia uma entonação estranha na voz de Nazaré.


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