42 - Muralha (uma longa descrição).

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Chegando lá, depararam-se com uma muralha, da altura de um prédio de cinco andares. Ela era toda feita de tijolos enormes, que Amaldiçoado se perguntara como foram feitos e como tinham sido colocados. Por cima dos tijolos haviam colocado uma camada de tinta especial para proteger a estrutura das constantes chuvas.

Oito torres de vigia estavam distribuídas na muralha em forma de hexágono, duas delas estando de cada lado do portão da muralha. O portão, que, me perdoe, mas eram três, dividiam o corredor que ligava o mundo de fora com a cidade, um ficando no seu início, outro na sua metade, e outro no final. Amaldiçoado ficou admirado com tamanha segurança. E mais admirado ainda quando o meio monstro que os levara até ali apenas precisou levantar uma das mãos pra que os três portões lhe fossem abertos de uma vez. Ele não era um alguém qualquer, isso era óbvio.

Passaram pelo corredor, que não era tão alto, mas era tão claro como lá fora, graças às lâmpadas incandescentes que ficavam no teto e nas paredes, e chegaram até o outro lado. Lá, havia uma grande área de grama rodeando a colossal mansão, com árvores frutíferas de todos os tipos e flores das mais simples até as mais raras. O verde crescia tanto que chegava a alcançar metade do tamanho da muralha. Folhas e terra estavam espalhadas por todo o chão, como se uma multidão de crianças tivesse brincado ali.

Mon... Dieu...— deixou escapar Vinícius, totalmente admirado.

— O que? – Amaldiçoado não sabia que língua era aquela.

— Você não é daqui, é? – perguntou o corcunda.

— N-não... – respondeu Vinícius

— Ora, mas queinteressante.


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