77 - Jovens.

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Caramelo subiu pelo elevador. Pensava no que tinha acabado de fazer. Na conversa que teve. Sentiu-se ridículo.

– Eu sou muito idiota. – pôs as mãos no rosto, envergonhado. – Sério. Como eu faço umas coisas tão ridículas como essas? Qual meu problema?

Somos jovens. O conselho de Porcelana ecoou na sua cabeça. Esse é o nosso problema.

A porta do elevador abriu. E lá estava Porcelana. Os dois tomaram um susto quando se viram.

– O que está fazendo? – Caramelo perguntou primeiro.

– É.... – Porcelana desviou o olhar. – Eu... esqueci... – na verdade, ela tinha ido atrás dele depois da reunião, quando Nazaré deu uma trégua.

– Vá dormir. – ele saiu do elevador.

– Sinto muito pela Carla. – ela conseguiu, pelo menos, lembrar de dizer isso.

– Tudo bem. É só uma Kombi com o nome de Carla, mesmo.

– Desculpa. Se eu não tivesse vindo, você ainda estaria por aí com ela...

– Pare de se lamentar, Porcelana. Já aconteceu. Agora o que resta é a gente aceitar que fazemos besteira, e seguir em frente. – ele dizia isso mais pra si mesmo do que pra ela.

– Tá certo...

– A aventura acabou, né. – riu. – Agora você vai ter que voltar pra segurança.

– É... – Porcelana nem lembrava mais o motivo de ter saído de casa.

– Tenha cuidado com os monstros lá fora. Boa viagem. – e o rapaz foi embora.

Porcelana ficou sozinha no corredor.

– Monstros... – ela tentou se lembrar de alguma coisa associada à palavra.


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