Caramelo subiu pelo elevador. Pensava no que tinha acabado de fazer. Na conversa que teve. Sentiu-se ridículo.
– Eu sou muito idiota. – pôs as mãos no rosto, envergonhado. – Sério. Como eu faço umas coisas tão ridículas como essas? Qual meu problema?
Somos jovens. O conselho de Porcelana ecoou na sua cabeça. Esse é o nosso problema.
A porta do elevador abriu. E lá estava Porcelana. Os dois tomaram um susto quando se viram.
– O que está fazendo? – Caramelo perguntou primeiro.
– É.... – Porcelana desviou o olhar. – Eu... esqueci... – na verdade, ela tinha ido atrás dele depois da reunião, quando Nazaré deu uma trégua.
– Vá dormir. – ele saiu do elevador.
– Sinto muito pela Carla. – ela conseguiu, pelo menos, lembrar de dizer isso.
– Tudo bem. É só uma Kombi com o nome de Carla, mesmo.
– Desculpa. Se eu não tivesse vindo, você ainda estaria por aí com ela...
– Pare de se lamentar, Porcelana. Já aconteceu. Agora o que resta é a gente aceitar que fazemos besteira, e seguir em frente. – ele dizia isso mais pra si mesmo do que pra ela.
– Tá certo...
– A aventura acabou, né. – riu. – Agora você vai ter que voltar pra segurança.
– É... – Porcelana nem lembrava mais o motivo de ter saído de casa.
– Tenha cuidado com os monstros lá fora. Boa viagem. – e o rapaz foi embora.
Porcelana ficou sozinha no corredor.
– Monstros... – ela tentou se lembrar de alguma coisa associada à palavra.
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A Cidade do Sol
Bilim KurguEm um continente que só chove, o sol é a única esperança. Desde que os céus fecharam, as vidas dos habitantes de Belarus se tornaram frias e sem sentido. Numa busca desesperada por propósito, adolescentes começam a desenvolver o que chamam de "maldi...