Considerações finais

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A CIDADE DO SOL

155 capítulos

41.455 palavras

127 páginas

Escrita desde 02/04/2017 até 30/03/2018

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Olá! Espero que tenha gostado de Cidade do Sol. :)

Tive que me segurar muito pra não editar os capítulos e postar as coisas do jeito que eu tinha deixado no arquivo. Caso contrário, eu acabaria perdendo muito tempo e postar iria me desgastar mais do que deveria. Se já foi um pouco difícil manter a consistência sem fazer nada, imagine se eu tivesse tentado editar! kkkk

Como todo bom autor que observa sua obra anos depois do término da sua escrita, eu mudaria muitas coisas se fizesse CdS hoje. Muitos dos temas que tentei abordar aqui são pincelados de forma pouco madura, superficial até. A tentativa de suicídio de Amaldiçoado, a relação de Camila com sua autoimagem, até mesmo a relação de Querido e rei Bernardo e seus passados complexos. Não vou dizer que o que fiz foi horrível, mas hoje eu trataria desses temas de forma melhor. Mas enfim. Não tenho como cobrar muito de mim mesma, considerando que escrevi essa história na adolescência. Você fez um ótimo trabalho, Helen de 16 anos. Tenho muito orgulho de você.

Adolescência é como um tipo de maldição. Quer dizer, o problema não é o período em si, mas sobre se sentir "amaldiçoado" dentro desse período. Não que eu acredite nessas coisas, mas era o conceito mais próximo que eu tinha na época para o sentimento de se sentir azarado, fora de lugar, pessimista. É muito fácil se sentir assim e mais ainda se colocar pra baixo por causa disso. Isso se adiciona ao fato de, quando adolescente, você precisa carregar consigo a identidade que foi dada a você quando era mais novo -- afinal, muitas das pessoas que te conhecem desde pequeno vão ter impressões sobre você como se você ainda fosse aquela criança. Essa ideia, na história, seria o primeiro "nome" que os personagens tem (Porcelana, Querido, Caramelo, etc.).

Os jovens, nesse mundo, só podem ter acesso ao segundo nome quando chegam a uma certa idade. Esse conhecimento os liberta dessa primeira impressão que os outros tinham dele. Isso representa tanto a autoafirmação (Teodoro, Bianca, Camila, Vinícius) quanto maturidade (Cecília, Felipe). Espero que a mensagem tenha conseguido se transmitir. E espero que nós sempre possamos afirmar nossa própria identidade diante do mundo.


Agora, alguns fatos aleatórios!

- "Frank" não é o nome de nascença de Querido. Ele inventou na hora. É uma referência a Frankenstein -- um monstro feito a partir de pedaços de outras coisas, assim como o próprio Querido foi fruto de muitos experimentos. Ele não sabe o nome verdadeiro dele (e nem eu).

- Eu ia começar o capítulo 112 com uma introdução alternativa. Eu descartei porque era poética demais pro momento, mas vou deixá-la aqui:

"Uma pequena colônia de formigas se movendo pelos galhos entrelaçados. Elas iam com uma rapidez bonita, mas mesmo assim se cumprimentavam ao se esbarrar. Aquelas criaturas tão minúsculas, que podiam ser abatidas com uma gota de chuva, continuavam a existir... Elas acreditavam que um dia aquelas nuvens iam passar?

Bendito refletiu sobre aquelas pequenas criaturas, enquanto observava elas a trabalhar.Carregavam pequenos pedaços de folhas, algumas frutas, e outras coisas em pedaços tão pequenos que o meio monstro não sabia identificar. Pareciam tão ocupadas, mas tão despreocupadas. Como se estivessem tranquilas por fazerem a sua parte..."

- A foto da capa fui eu que tirei! Sempre tive dificuldade em encontrar uma capa pra essa história -- eu preferia que fosse um céu nublado, pra se encaixar com o clima depressivo da obra, mas nunca acho fotos boas assim. Então tive que apelar pro sol, mesmo. Eu gostei de como ficou.


Mais uma vez, obrigado por ter lido! Se tiver interesse em outras histórias, tenho uma mais recente chamada A Última Bruxa do Mar, que ganhou o Wattys de 2022! Você pode facilmente encontrá-la no meu perfil. Até mais e se cuida!

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