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A prova de Física foi ontem de manhã e desde então, eu sinto que posso, melhor do que ninguém, morrer de ansiedade! Vamos receber as notas no terceiro horário hoje e eu mal consegui dormir direito essa noite. Uma parte ridícula de mim quer que eu tenha me saído muito mal, só para ter uma desculpazinha a mais para que Leon continue me dando "aulas particulares". Mas outra parte de mim tem certeza de que eu me saí até que bem, considerando que dei conta de fazer tudinho, da cabeça aos pés ontem! Antes eu via as provas de Física como um bicho de sete cabeças e ontem ela parecia apenas... uma prova de Física. As sessões de estudo com Leon valeram muito a pena. Eu nunca estive tão confiante assim.
— Filha, você vai estragar o banco assim! — acordo de meus pensamentos quando a voz de minha mãe invade minha cabeça em tom de advertimento. Ergo o rosto, a encaro brevemente e abaixo os olhos. Estou balançando tanto os pés sob o chão do carro que estou sacudindo o banco no qual estou sentada violentamente. — Sei que tá ansiosa, mas você tem que se controlar. Ficar desse jeito não vai fazer o tempo sair voando por aí para que você possa pegar essa prova o quanto antes!
— Eu sei — lembro baixinho, encarando a janela do carro a minha direita enquanto minha mãe ainda dirige cuidadosamente, me levando para a escola.
— E aí, já pensou em um plano? — torno a erguer o rosto e noto que minha mãe me lança um breve olhar com um sorriso largo de animação. Uno as sobrancelhas, confusa e ela frisa: — Sobre o Leon. Já pensou em um plano para continuar passando um tempinho com ele já que suas sessões de estudos acabaram por agora?
— Ah, mãe, eu não sei... — digo, suspirando de modo frustrado. — Devo dizer agora que também sou péssima em redação para que ele possa me ajudar?
— Essa não vai colar. Ele vai notar de cara que você é muito boa. — a mais velha lembra. Então, enquanto encara a estrada a frente, ela sugere em tom óbvio e com as sobrancelhas arqueadas: — Talvez você devesse apenas dizer que está interessada nele...
— Fora de cogitação — eu a corto no mesmo segundo, abaixando meu rosto e unindo minhas mãos sob meu colo, enlaçando meus dedos de modo nervoso.
— Será que dá para me dar um contexto, então? Porque eu juro que não entendo o porquê disso ser "fora de cogitação". Você está afim dele e ele de você, qual o problema então, filha? — eu encaro o rosto ladino de minha mãe e torço os lábios. Eu deveria ter imaginado, ela não vai me entender. Vai dizer que é bobeira da minha parte.
— Não estamos falando de qualquer garoto aqui, mãe. — lembro com um ar de obviedade, arqueando as sobrancelhas. — Estamos falando do Leon Kennedy. Ele é do terceiro ano, várias meninas têm interesse nele, ele é todo lindo, alto e forte... não dá só para chegar e dizer: oi! Estou interessada, quer ter um rolinho comigo?
— É claro que dá, Heather! — ela fala mais alto, claramente me repreendendo. — E você também é toda linda, filha. Nem me venha com esse papinho furado, como se você não estivesse a altura.