CAP.22 Parte 1 - Bright Blue Lake

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instagram: lizzie_heather19

"Já chega!" eu exclamo alto, bufando e completamente sem ar

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"Já chega!" eu exclamo alto, bufando e completamente sem ar. Todos se viram para mim e a maioria arqueia as sobrancelhas em deboche e uma pitada de surpresa. Tomo um suspiro, ergo o corpo e gesticulo com as mãos ao explicar aborrecida para todos eles: "Não importa quantos esportes eu faça, já estamos muito alto. O ar aqui chega a estar rarefeito. Eu não consigo mais. Sério."

"Tá legal, até que aqui tá bom." Michael informa a todos na frente de nossa turma de amigos, abaixando um pouco o rosto e já começando a retirar as alças de sua mochila dos ombros. Não demora um segundo que seja para todos presentes começarem a se ajeitar para ficarmos por aqui, considerando que Michael é o líder e ninguém passa por cima das falas dele.

Estamos em oito pessoas. Cinco meninos e três meninas. Todos os meninos são do time de futebol Americano do colégio particular onde estudamos e todas as meninas, incluindo eu, são líderes de torcida. Tudo bem, somos todos muito mais do que estereotipados, mas eu juro que somos uma turma legal. Ao menos uns com os outros, gostamos de estar juntos, entende?

Acabamos enrolando um pouco. Ficamos cerca de uma hora e meia montando as barracas e demoramos tudo isso porque inventamos de começar a beber antes de realizar a tarefa. Foram tantas gargalhadas de piadas idiotas que nossas vozes se misturavam e ecoavam entre as milhares de árvores dessa montanha vasta e escura.

Já fazem anos desde que os primeiros boatos surgiram sobre a montanha Bright Blue Lake, ou lago azul brilhante. Como você preferir chamar. Eu fiquei surpresa, honestamente. É a primeira vez que temos um boato dessa magnitude em nossa cidade que não é nem um pouco pequena. Sobre essa droga de montanha ser assombrada. Mas o que é mais ridículo é que, por mais que milhares de pessoas comentem cheios de certeza sobre esse boato, todos que vieram aqui, voltaram inteirinhos. Ninguém nunca morreu nessa montanha, nem mesmo numa queda por conta da grande altura.

O boato é que esse lugar é assombrado.

Falam sobre as vozes que correm entre as árvores e se misturam com o vento que corta por ser violento nesta altura em que já estamos. Falam das risadas e das aparições de figuras humanoides. Mas não existe nada concreto, como eu disse, são apenas boatos. Mas, mesmo assim, quando nos juntamos na casa do Theo na semana passada para uma reuniãozinha regada a muita bebida, decidimos que viríamos acampar aqui. Para vermos se os boatos são reais.

Se tantas pessoas dão certeza de todos os detalhes que podem surgir aqui, nós queremos tentar. Porque não veríamos ou ouviríamos algo? E, sério, eu estou curiosa. Não sou medrosa e nem nada do tipo, então eu realmente quero passar uma noite inteira neste lugar e ver o que acontece. Quero testar a força do destino. Isso vai me divertir.

Terminamos de montar a barraca, desligamos as lanternas e acendemos uma fogueira. Continuamos a beber por horas seguidas, pelo menos até às uma e meia da manhã. Dois garotos já vomitaram e perderam a consciência e agora as outras duas meninas, amigas minhas e também líderes de torcida, estão tão bêbadas que estão cogitando tirar a roupa e começarem a dançar. Eu abaixo o rosto assistindo as duas e solto um riso soprado, sentindo a cabeça um pouco leve demais por já ter bebido além da conta. Engulo em seco, ergo o rosto e encaro Michael que está próximo, sentado no chão a esquerda e também perto da fogueira. Ele me encara de volta e assim afirmo que vou procurar um lugar secreto para me aliviar. Não quero fazer isso por perto.

𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora