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Odeio você. Odeio você, Leon Gostosão Kennedy. Você é um merda!
Não é possível que eu e Kisha tenhamos ficado o resto de nossa madruga inteirinha seguindo esse idiota. É mesmo um moleque de vinte e quatro anos! Depois de sairmos do hotel e esperarmos no carro, ele seguiu primeiro para um açougue, depois para casa. Parece que ele mora com a avó - ao menos foi o que deduzi, considerando o fóssil que estava vendo novela na sala de estar da casa dele.
Depois, no inicio da manhã, ele foi a padaria e em seguida, jogar pôquer com amigos virados na farra num boteco de esquina. Ao menos ele manda bem. Ganhou duzentos dólares nessa brincadeira. E, Deus, ele é incrivelmente irresistível quando sorri com animação. Olhando por fora da situação da investigação direta e clandestina que e Kishe nos dispusemos a fazer, ele parece realmente um garoto normal. Um garoto normal muito, muito, muito atraente.
Mas eu já sei que é você, Leon Kennedy. Eu sei só pela droga do desenho do seu corpo. Eu realmente sou expert nisso e não estou errada. Sei que você é o assassino procurado em sete países diferentes. Afinal, você tem uma fachada muito boa, anda escondendo muito bem com esse seu ar de moleque perfeito. Porra, como você pode ser tão gostoso? Que ódio.
Já pela manhã, adentro a porta de minha pequena casa bufando. Jogo os arquivos e o tablet da agência sob a escrivaninha de meu quarto. Ainda por cima, tive que voltar na agência com Kisha para pegar essas coisas, então consequentemente tive ouvir o Dian tagarelar um monte de abobrinha para mim e minha amiga - já que simplesmente desaparecemos do mapa por horas seguidas.
Retiro meu sobretudo e jogo nos pés de minha cama, me direcionando a cozinha de casa. Pego um cereal velho no armário acima da pia, enfio um monte de grãos na boca e me direciono a geladeira, bebendo uma golada grandiosa de leite no bico da garrafa de vidro. Fecho a porta da geladeira e vou direto para o banheiro. Fico peladona e tomo um delicioso banho de quase uma hora inteira. No meu quarto outra vez, visto meu babydoll, porque todos os meus pijamas do homem-aranha estão sujos e me aproximo de minha cômoda de madeira.
Me ajoelho no chão e abro a última gaveta, então me sento de modo confortável sob o solo e começo a fazer minha contagem diária de pilhas. Porra, eu te odeio, Kisha. Te odeio para um santo caralho. Onde você enfiou as últimas duas pilhas da minha contagem? Deve ter sido nesse seu rabo fundo que o Jackie penetra toda noite, porque não é possível! Intrometida, intrometida... INTROMETIDA!
Faço minha contagem diária três vezes seguidas, me segurando com muita força para simplesmente não entrar em pânico pela sensação horrenda que me invade com esse detalhezinho. Outras pessoas pouco se foderiam para isso, mas comigo não é assim. Nem um pouco. Por isso não costumo deixar as pessoas mexerem nas minhas coisas, porque eu gosto delas organizadas do meu modo. Mas com a Kisha é diferente, né. Ela é minha melhor amiga e tem a maior liberdade do mundo quando está comigo e principalmente aqui em casa.
