CAP. 16 Parte 2 - Blog.GatinhaDoSexxo

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instagram: lizzie_heather19

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Isso não é justo. Ele já notou que sou eu.

Sam já saiu e agora Leon está parado a frente do balcão. Ele nem sequer desviou os olhos dos meus um segundo que seja para encarar Nina parada ao meu lado, babando pela vista do homem gracioso a nossa frente. Ele está ainda mais alto do que me lembro e ainda mais estonteante. Tanto que eu poderia me cegar com o brilho que reluz de sua figura.

"Heather", Nina sussurra entredentes para mim ao meu lado, querendo chamar minha atenção enquanto eu encaro Leon Kennedy por debaixo de minhas sobrancelhas, ainda diretamente nos olhos. Não consigo me mexer. Estou congelada neste momento.

Ele está com um uniforme policial mais discreto que o habitual, sem colete a prova de balas. O distintivo mostrando sua posição na agência pendendo num colar prata em seu pescoço de pele polida. Os cabelos continuam do mesmo jeito que me lembro, mas acabo me perguntando se continuam com o cheirinho bom e a maciez de antigamente. Nunca pensei que os olhos pudessem mudar de cor, mas os dele me parecem agora, ainda mais tremendamente azuis. Quase cristalinos de tão encantadores.

Mesmo que ele esteja do outro lado do balcão, ainda está próximo o suficiente para que eu sinta seu perfume masculino. Isso invade minhas narinas e atordoa absolutamente todos os meus sentidos. Engulo em seco e quando estou prestes a desviar os olhos já que ele mesmo não diz nada, Nina nota que eu estou sem reação e me acerta uma cotovelada tão forte nas costelas que sinto que ficarei com um hematoma.

Com o impacto do golpe dessa retardada ousada, meu braço direito voa de modo desleixado e eu esbarro na pilha de revistas acima do balcão, que cai diretamente no chão, se espalhando e fazendo a maior bagunça. Eu encaro Nina com um olhar mortal e cerro os dentes, então me abaixo na mesma hora e começo a recolher as revistas.

Só que Leon também se abaixa para pegá-las.

Começo a pegar uma por uma, formando uma nova pilha no apoio de meu braço esquerdo rapidamente, querendo me afastar dele o quanto antes outra vez. Escuto Leon finalmente se pronunciar, só que com uma risadinha divertida, baixa e rouca. Ele obviamente notou meu constrangimento e o quanto continuo desleixada quando sou intimidada assim, tão involuntariamente.

Quando ergo a mão direita em direção a última revista, Leon a pega primeiro e a estende em minha direção, ainda com um joelho apoiado no chão. Eu acabo levantando o rosto e encontro os olhos dele, assim ele semicerra seu olhar em minha direção e abre um sorriso ladino. O mesmo que ele costumava lançar de longe para mim no colégio. Como quem dizia sempre estar me observando, mesmo quando eu não notava isso.

Pego a revista com hostilidade de sua mão e me ergo do chão, ajeitando a pilha no balcão outra vez. Assim ergo a mão direita e coloco alguns fios de cabelo atrás da orelha, tomando um longo suspiro numa falha tentativa de me acalmar. Ele está aqui, é isso e é real. Eu preciso aceitar. Já sou uma adulta e parcialmente dona deste estabelecimento. Não posso ficar intimidada com a presença dele por ocorrências (deliciosas) do passado.

𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora