NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR, É IMPORTANTE.
William Olopa LeBelle
20 anosA Glock em minha mão torna-se leve, muito mais leve do que eu pensava que poderia ser. O alvo à minha frente já estava perfurado com diversas balas, seus círculos todos preenchidos, mas o centro, o meio do alvo, era o mais afetado. Pensei que não conseguiria acertar esse alvo corretamente, mas todos os disparos foram certeiros. Já havia segurado uma arma antes, aos dezoito anos, quando fui a um clube de tiro com meu genitor. Tinha um manuseio até que bom na época, não excelente, mas bom. Com o passar dos anos, melhorei nisso, mas apenas tocava no metal frio de uma arma no clube. Fora dele, podia sentir a sensação de ter uma em minhas mãos, mas nunca de fato estava com uma.
O frio de janeiro não ia embora; pensei que dezembro havia consumido tudo, mas é janeiro que está fazendo meu corpo tremer. As árvores estão cobertas pela neve que cai, nada do verde esplendor das flores da primavera, nada do verde esmeralda na natureza que me lembram os olhos de Calipso. Ou o vento refrescante que sinto quando a temperatura está em seu calor ideal. Apenas a neve crua caindo em nossos corpos totalmente agasalhados. Respirei fundo, baixando a arma que estava erguida até segundos atrás, e meu olhar ficou preso no meio do alvo que acabara de acertar pela milésima vez.
-Você atira bem – a voz grave e rouca, conhecida por mim, ecoou bem perto dos meus ouvidos, fazendo-me sair de meu transe. Olhei para o lado e vi meu novo amigo, Aleksandrs Brandon Khaosov, e acabei lhe dando um sorriso.
Aleksandrs Brandon, amigo de longa data de Hunter, se é que posso descrever assim ele, seus amigos chegaram a New Jersey há um mês, e Hunter fez questão de apresentar sua outra família para mim. Sendo parte da família de Hunter, ele disse: "Não há motivos para as pessoas que eu gosto não se conhecerem, então família, conheçam a minha família." O momento até foi engraçado. Quem não gosta do Hunter é louco; o cara é um amigo fiel e uma boa pessoa. Temos uma ligação extremamente forte, afinal, família não é apenas aquela de sangue, e Hunter é mais isso para mim do que meus próprios criadores.
Aleks usava um casaco doudoune preto, botas feitas para a neve, calça de moletom, tudo em preto, e um cachecol branco enrolado no pescoço, assim como luvas. Seus amigos, cujo se chama Kyrian e o outro Nash, ambos estão usando o mesmo casaco, porém azul, combinando com o cachecol. Hunter e eu não estávamos diferentes, já que esse é o melhor casaco para um frio intenso, que é o que janeiro trouxe. No entanto, minhas roupas são todas em preto, enquanto as de Hunter são vermelho vinho, exceto a calça, luvas e sapatos. Aleks me contou que sempre que ele está com a Poisonous, usa a cor preferida dela.
Brandon estava me ensinando a atirar melhor. Ele gosta de dizer que clubes de tiro não ensinam de fato tudo o que uma pessoa deve saber, e eu só acertei várias vezes o alvo ao meio por conta dele, seguindo suas ordens tão milimetricamente que eu sentia até meus músculos relaxarem quando eu puxava o gatilho. Minha intenção não é apenas aprender a porra de uma autodefesa, mas a pessoa por trás disso tudo é a minha doce Calipso. A polícia não está fazendo seu trabalho direito, nunca esteve na verdade. Anos atrás, eu e Jade concordamos em achar esse filho da puta. Jade anda ocupada com tudo que lhe vem acontecendo, então falei para ela que eu mesmo ficaria encarregado disso, e é exatamente o que estou fazendo. Estou caçando o filho da puta com as minhas próprias mãos, e quero meter a porra de uma bala bem no meio da cabeça dele quando eu o encontrar. Claro que antes irei me divertir, mas preciso saber manusear a porra de uma arma como a merda de um profissional.
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CALIPSO (Máscaras Imperfeitas #1)
RomanceAVISO: ESTE LIVRO É UM DARK ROMANCE TODA SEXTA AS 20:00 CAPÍTULO NOVO Em meio às ruas cinzentas de New Jersey, Kalissa, uma patinadora artística de gelo, é envolvida em um jogo perigoso de perseguição e obsessão. Durante uma noite em um Escape Ro...