AVISO: ESTE LIVRO É UM DARK ROMANCE
TODA SEXTA AS 20:00 CAPÍTULO NOVO
Em meio às ruas cinzentas de New Jersey, Kalissa, uma patinadora artística de gelo, é envolvida em um jogo perigoso de perseguição e obsessão. Durante uma noite em um Escape Ro...
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Kaliss Roux Soul's Dias Atuais New Jersey
Quem ele pensa que é? Porra. Para falar daquela maneira comigo, para ousar tocar em mim daquele jeito, Will vai se foder na minha mão. Vou fazer questão de deixá-lo tão puto quanto ele me deixou, se não mais. Esse homem está louco mesmo. Eu só fiz a porra de uma pergunta, filho da puta.
Quando saí do castelo, estava imersa em meus pensamentos, controlando minha respiração aos poucos. Meus pés simplesmente me levaram para fora, e quando percebi, estava afastada da festa e no meio da floresta. Passei uns vinte minutos andando? Que saco, vou ter que fazer a volta e andar mais vinte minutos, ótimo, totalizando quarenta minutos. Eu mereço mesmo.
- Obrigada, Williams - sussurrei baixinho, bufando em seguida. Para completar, a terra estava úmida, o que estava começando a fazer meus saltos afundarem um pouco nela.
Que saco. Olhei ao redor, notando que estava realmente sozinha. Mas por que ainda sinto que não estou de fato sozinha? Provavelmente estava me aproximando do meio da floresta, talvez? Passei a mão em meu rosto. Hoje era para ser apenas um dia divertido, sem estresse. Minha semana havia sido até calma. Como uma simples "troca de palavras" me afeta tanto assim?
Se bem que não foram as palavras, foi ele. Mas tudo o que ele disse também está ecoando em minha mente. Ele me chamou de sonsa, louca e burra. Não nessa ordem, e também tecnicamente não as três coisas, mas ele ainda sim falou elas para mim. Atrevimento do caralho. E ainda disse que tenho cachorrinhos, como se ter ele e o mascarado seja muitos cachorrinhos. Mereço mesmo.
Revirei os olhos, pronta para me virar e voltar por onde vim, mas o destino sempre brinca com as pessoas, ou melhor, comigo. Barulhos de galhos se quebrando e folhas sendo amassadas ecoaram pelo local. Estreitei meus olhos, tentando ver através da escuridão da floresta, que ainda era iluminada pela luz do céu e pela fraca luz que vinha da festa, mas ainda assim deixava a desejar. Quando você está em uma floresta, sozinha, e não conhece o lugar, você não pergunta "quem está aí?". Vocês implesmente ignora tudo e volta por onde veio. Em alguns casos, você corre. Eu ia fazer isso, até vê-lo.
A forma de uma sombra surgindo por detrás da árvore chamou a minha atenção, e o que me deixou paralisada foi ver o porte masculino. É ele. Acabei dando um sorriso ao notar que é o meu mascarado. Ele podia aparecer em qualquer lugar, e resolveu aparecer aqui? Vou reclamar? Obvio que não.
Passei a língua entre meus lábios, os umedecendo, pronta para dar passos até ele. Consegui ver sua máscara cinzenta, um pedaço dela, já que seu capuz cobria uma boa parte da máscara. Seu traje, como sempre, era todo preto, coberto da cabeça aos pés. Estranhei ele estar de luvas, embora não fosse tão estranho assim, já que ele sempre usa quando o local está com a mínima iluminação possível.
Tombei a cabeça para o lado, não entendendo por que ele não está se aproximando. Maldito seja, hoje não é meu dia mesmo. Dei um passo em sua direção, e nessa hora ele puxou o capuz um pouco para cima, revelando toda a extensão da máscara que cobria perfeitamente seu rosto. Eu travei na mesma hora. Franzi meu cenho. Algo está errado. Analisei de forma detalhada a máscara.
