AVISO: ESTE LIVRO É UM DARK ROMANCE
TODA SEXTA AS 20:00 CAPÍTULO NOVO
Em meio às ruas cinzentas de New Jersey, Kalissa, uma patinadora artística de gelo, é envolvida em um jogo perigoso de perseguição e obsessão. Durante uma noite em um Escape Ro...
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William Olopa LeBelle Dias atuais New Jersey
Eu dormi, dormi sem nem sentir, eu precisava disso, uma noite de sono sabendo que minha mulher está bem e ao meu lado. Acordei sentindo um vazio na minha mão, e eu me lembro de ter dormido segurando a mão da ruiva. Kalissa dormia de forma tranquila, algo que me aliviou. Joy e Hunter não estavam mais aqui, e Jade havia acabado de sair do banheiro.
— Boa tarde, dorminhoco — a Soul's mais velha brincou enquanto secava os cabelos com uma toalha branca. — Como se sente? Você estava dormindo tão profundamente que, mesmo com o Hunter te chamando cinco vezes, você sequer se mexeu.
— É o cansaço — falei, me espreguiçando e me levantando. — Que horas são?
— Duas da tarde — ela olhou para a irmã. — Vieram medicá-la há algumas horas e colocaram mais um soro, mas ela estava igual a você, em um sono profundo — Jade suspirou.
— Vamos deixá-la descansar mais. Quando ela acordar, avisamos a médica e ela come algo — a ruiva concordou com a cabeça, sentando-se na poltrona. — Onde estão Joy e Hostlys?
— Foram tomar banho. Eles só trouxeram as roupas para Lissa, não trouxeram para eles mesmos, foi tudo às pressas — coloquei minhas mãos nos bolsos, com meu olhar fixo em minha mulher.
— Estou feliz que ela esteja novamente conosco, mas não estou feliz por aquele filho da puta estar andando por aí, impune — travei o maxilar, e Jade respirou fundo, deixando seu corpo escorregar pela poltrona.
— Entendo sua frustração... — ela fez uma pausa, um pouco pensativa. — O que você vai fazer? Eu sei que você vai atrás dele, isso está muito óbvio, Will, mas e aí? Vai caçá-lo, achá-lo e matá-lo? — Sua voz estava com um tom de descrença, e dessa vez eu ri, olhando para ela.
— Exatamente isso — os olhos verdes dela se arregalaram. — Não finja surpresa, você sabe que eu não tenho problema nenhum em fazer isso. Você, Jade, sabe quantas pessoas já machuquei por tocarem no que é meu.
— Às vezes esqueço disso — ela confessou. — Esqueço que o namorado da minha irmã é um... — arqueei uma sobrancelha, incentivando-a a falar. — Psicopata. Fazer o quê, né?
— Vou achá-lo e, dessa vez, ele morre — um pequeno sorriso começou a surgir em meus lábios, e vi Jade fazer uma careta.
— Você me assusta às vezes... Enfim, faça o que achar melhor, mas não deixe essa merda cair sobre ela — a voz da ruiva soou tão séria que eu acabei bufando. — Estou falando sério, dou muito apoio para você matá-lo. Não me importo com como vai fazer: torturar primeiro e depois a morte, foda-se, não me importo. Mas não deixe respingar em Kalissa.
— Isso já respinga nela, Jade — neguei com a cabeça. — Mas posso prometer que ela não vai sentir sentimentos ruins, culpa, o que quer que seja, por aquele merda morrer. E se ela tiver que ver, espero que saboreie a diversão tanto quanto eu.
