Capítulo 28

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PART I

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PART I

William Olopa LeBelle
Dias Atuais
New Jersey

Foi difícil trazer Kalissa na moto, difícil porque ela não parava de tremer e de
falar que ele, aquele filho da puta, ainda estava a perseguindo, como se ele fosse
louco o suficiente de me seguir, ele sabe que quero empalar a porra de sua cabeça e
me divertir com o seu tormento, ela balbuciava coisas que eu não me dei o luxo de
escutar e muito menos assimilar, tudo o que eu queria era trazê-la para minha casa,
cuidar dela e depois ir atrás das câmeras de segurança daquele maldito lugar. O
caminho todo, Lissa veio abraçada em mim, como se me soltar fizesse ela voltar para
o rink, para perto dele.

Quando eu ouvi o barulho alto e estridente vindo do celular dela, foi como se
meus instintos se ligassem na hora, e quando o silêncio predominou, engolindo a voz
dela, eu soube que algo estava errado, não pensei nem duas vezes em sair do banho
e ir até a mesma, havia começado a vê-la pela câmera do seu celular, e a imagem
que eu vi foi mil vezes pior do que sua respiração pesada, seus passos arrastados ou
ela falando que estava tendo uma crise.

Seu rosto todo vermelho e o jeito que ela tentava puxar o ar, tentando
desesperadamente respirar, era como se estivessem esfaqueando meu coração, eu
conseguia ouvir o arrastar de sua mão pela parede, suas lágrimas foram o que me
descontrolaram, pois na mesma hora que eu as vi descendo grossamente pela sua
bochecha, minha mão foi em direção à parede, com meus ossos doendo e estourando
na mesma hora.

Ninguém faz isso com ela, ninguém faz ela chorar, põe medo nela, a não ser
eu, eu juro que vou encontrá-lo, eu não vou parar até sentir o seu sangue quente
escorrendo em minhas mãos e ouvir seus gritos pedindo por misericórdia, algo que
eu não vou ter, vou dar todas as esperanças para ele, e quando ele pensar que vai se
salvar, eu começo a tortura desde o início. Eu me senti inútil, despreparado, mais uma
vez, eu me senti de mãos atadas, quando ela precisava de mim, eu não estava lá, não
estive na primeira vez e não estive na segunda, mais uma vez, não consegui protegê-
la dele.

Deitei Kalissa em minha cama assim que adentrei ao meu quarto e tratei de me
deitar ao seu lado, puxei a ruiva para os meus braços, apertando-a e deixando-a
confortável. Calipso se encolheu em meu abraço e eu respirei fundo, sei que isso a
quebrou mais, eu sinto isso, apesar dela não falar, eu sei desvendar cada ação,
pensamento e careta dela, eu sei o que a minha ninfa sente, apesar de não conseguir
sentir de fato sua dor ou retirá-la de seu ser, eu sempre vou saber tudo sobre ela.

Ela não é fraca, ela não é frágil, mas esse filho da puta está querendo deixá-la
assim, está mexendo com sua mente, está brincando com seu psicológico, não vou
permitir que ele a destrua de dentro para fora, sentir o corpo da ruiva relaxar e sua
respiração se normalizar e logo um suspiro escapar de seus lábios, um suspiro
cansado e pesado, como se ele estivesse esvaziando as dores internas dela, fiquei
alguns minutos abraçado com a mesma, enquanto fazia carícias em seus cabelos e
encarava a parede, tentando organizar meus pensamentos.

CALIPSO (Máscaras Imperfeitas #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora