Capítulo 64

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William Olopa LeBelleDias atuaisNew Jersey

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William Olopa LeBelle
Dias atuais
New Jersey

O dia de ontem foi prazeroso de viver. As coisas boas que aconteceram deixaram meu humor alegre, e ver que, no fundo, minha mulher também gostou, definitivamente foi a cereja do bolo. Kalissa já está se acostumando com as mortes, com a tortura. Se ela gosta desse lado meu como um pacote completo, então sei que, mais cedo ou mais tarde, nem sequer hesitará.

Sim. Ela hesitou um pouco ontem, quando disse que não sabia se conseguiria atirar em Cartter, mas essa mulher é capaz de feitos que até eu mesmo desconheço, basta o incentivo certo. Dois loucos combinam, não? Enfim, ela se acostumará. Mas, ainda assim, ela tem total liberdade para falar comigo sobre esse tipo de assunto.

Mas sei que não falará, porque sei que ela gostou de tudo o que aconteceu ontem. Até porque, não digo isso apenas com convicção; quando chegamos em casa, a ruiva deixou isso claro. Ela disse em alto e bom som.

Hoje pela manhã eu precisei ir para a empresa. Estou resolvendo algumas formalidades para uma possível mudança permanente com Kalissa, algo que já havia pensado. Basicamente, se der certo o que estou organizando, a palavra final será dela mais uma vez. Ela decidirá se vamos ou não.

Kalissa teve que ir para a fisioterapia, e geralmente chega tarde da consulta. Hoje ela disse que sairia com Joy, então já sei que só voltará para casa à noite. Por isso, resolvi preparar o jantar para nós dois. Quando eu digo "preparar", quero dizer comprar as comidas preferidas dela para comermos. Ou seja, massas e doces de cereja.

A mesa já estava posta, e eu tinha acabado de sair do banho, secando-me com a toalha e passando-a pelos meus cabelos molhados. Dei folga para Georgina e Layla, então o apartamento será só nosso hoje e amanhã. A propósito, Kalissa se deu muito bem com as duas, e vice-versa. Georgina ela já conhecia, e a trata como uma filha. Agora Layla faz o mesmo, ficando mais preocupada com ela do que comigo. É engraçado e fofo de se ver. Vesti minha calça de moletom preta.

Antes que eu saísse do quarto, a porta se abriu, e Kalissa entrou com várias sacolas nas mãos. Arqueei uma sobrancelha e logo cruzei os braços, recebendo um sorriso animado e sapeca da ruiva. O que essa pequena demônia está aprontando? Ela colocou as sacolas em cima da cama, e o rosa-pink de uma delas chamou minha atenção. Victoria's Secret?

— Comprei umas coisinhas para mim, se não se importa — como se eu fosse me importar — Foi no seu cartão.

Agora entendi. Suas palavras me fizeram soltar um pequeno riso, e caminhei até ela, puxando-a pela cintura e abraçando-a enquanto lhe dava um beijo carinhoso na bochecha. Seus braços envolveram meu pescoço, e Calipso puxou meu rosto para mais perto do seu. Seus lábios vieram aos meus em um selinho demorado.

— Poderia comprar uma casa, se quisesse. Tudo o que é meu, é seu, e nada do que você pensa em comprar vai abalar nosso dinheiro — deixei claro, e um sorriso gigante surgiu em seu rosto. — Você está sorridente demais — estreitei os olhos.

CALIPSO (Máscaras Imperfeitas #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora