"você se importa"
8 de abril de 2017
toronto, ontário - canadá— O que ela tem? — Dylan pergunta enquanto mastiga, mas o Zac dá de ombros e segue comendo as frutas que haviam no seu prato.
— Ela está estranha desde que a gente voltou do restaurante ontem, quando vai ver a comida fez mal. — Ele fala e sinto o olhar de Hacker pesar em mim, mas não, nem isso faz com que eu erga o rosto e fique o encarando.
— Emma. — Ouço sua voz e sigo olhando para o meu prato, não tendo a mínima vontade de por algo na boca. — Eu te chamei.
— O que foi? — Ergo o olhar e ele percebe o quão marejados meus olhos estão, o que o deixa estranhar a situação em si.
— Os dois, fora. — Ele fala e os filhos suspiram, mas não se atrevem a falar nada, simplesmente levantando e saindo da sala de jantar para finalmente nos deixar à sós. — Eu não gosto que enrolem, então fala.
— Não tem nada de errado comigo. — Como mais uvas, vendo seu olhar se fixar ainda mais sobre mim. — Tem algo, mas eu não vou falar. — Falo com calma, vendo que ele não está satisfeito com a minha resposta.
— Porra, por que tão dramática?
— Dramática? Você está brincando, não é? Qualquer menina no meu lugar já teria feito muito mais birra do que eu.
— Eu duvido.
— Vejamos, você quer matar o meu pai e me teve como troca, ou seja, devo ser muito valiosa. — Ironizo, vendo ele rolar os olhos e por os talheres sobre a mesa.
— Meu pai te quis, não eu. São coisas diferentes.
— Enfim, se um cara que é pior do que você me quis aqui, é porque...
— Acha meu pai pior do que eu? — Ele pergunta realmente surpreso com a minha declaração.
— Você é insensível de merda, mas ele é ruim de verdade. Eu vejo como ele te trata e como você trata os meninos, por mais que você não note, existe uma diferença sim.
— Como?
— Você escuta os gêmeos, por mais que a palavra final seja sempre sua, tem vezes que você para e os escuta. E bem, eu acho isso algo bom.
— Acha que meu pai não me escuta?
— Não é isso, mas embora você fale algo, se aquele marginal tem algo em mente, eu acho difícil você tirar.
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criminal blood.
FanfictionPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...