Pode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...
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"continua o mesmo" 22 de maio de 2017 toronto, ontário - canadá
— O pai daqui a pouco está chegando, se ele descobre que a gente está te trazendo para cá, ele vai ficar furioso. — Dylan murmura nervoso, me fazendo ver o Zac concordar enquanto olha em volta preocupado, me fazendo rir pelo medo evidente em suas faces.
Eu estou pouco me fodendo para o que o senhor fodão acha ou não, mas é claro que com os seus filhos é diferente. Então pretendo não demorar muito aqui com eles, ainda mais levando em consideração que jamais havia vindo para o terceiro andar da mansão antes.
— Nem a gente pode vir para cá sem autorização. — Zac fala e eu rolo os olhos, olhando para trás e tendo certeza de que nenhum segurança estava de fato nos seguindo, ainda mais o Tony com aquela sua língua grande.
— É só uma biblioteca particular, ele não vai morrer se eu descobrir os tipos de livro que ele lê. — Comento e os dois suspiram, terminando de subir as escadas para o andar que até hoje, eu jamais havia ido.
— Você não pode voltar aqui sozinha nunca mais, certo? — E eu concordo, sabendo mais do que bem que voltaria sim, o mas que agora isso não é a minha prioridade.
Eu amo livros, de todos os gêneros mesmo. Costumava ter aplicativos no meu celular para ler livros online, muitos dos que minha mãe tinha deixado no quarto eu já li e reli diversas vezes quando entediada.
Eu amo saber de histórias antigas, até mesmo fatos históricos, que levaram o mundo a ser o lugar que é agora, é algo simplesmente maravilhoso mesmo, por isso tenho curiosidade em questão a tópicos diferentes.
Paramos de frente a uma enorme porta transparente, então o Zac coloca a mão na digital, pois não tem chave ou o que quer que seja, apenas a digital será capaz de abrir essa porta que deve custar mais do que os meus órgãos se eu os vender no mercado negro.
— Puta merda. — Eu mordo o lábio quando a porta abre a então entramos, mas é quando nos viramos para a direita que meus pés congelam, não conseguindo acreditar no que os meus olhos estão enxergando.
Eu começo a caminhar e percebo o andar de cima, com as paredes completamente repletas de livros, mas não somente isso, você vê que é tudo organizado de uma maneira absurdamente impecável. Ele não tem uma única coisa fora de ordem. Ele tem sessões para todos os gêneros, até mesmo romances, que estão separados por séculos.
Minha boca permanece aberta em surpresa enquanto meus pés entram em contato com o tapete de veludo macio, ao mesmo tempo que as minhas narinas inalam o aroma maravilhoso que aqui dentro se tem.
