47 | sing of the games

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"cantar dos jogos" 6 de outubro de 2017toronto, ontário - canadá

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"cantar dos jogos"
6 de outubro de 2017
toronto, ontário - canadá

Sigo com a mão sobre a minha barriga e me nego de qualquer maneira e por esse bebê no mundo agora, ele ainda não está formado como deveria, ele não pode sair agora por puro e completo luxo!

O maldito está querendo sair um mês antes do que deveria?

Será que ele sabe que riscos acaba trazendo não somente para ele, mas para mim também? Eu juro que segui com a maldita dieta, os exercícios de sempre e jamais fiz nada de errado durante os últimos meses, então se eu cumpri a minha parte do contrato, ele que cumpra a dele.

— Shepherd, fala comigo! — Vinnie exige e o meu obstetra apenas segue fazendo anotações em sua prancheta enquanto estamos nesse enorme quarto de hospital, o mesmo que chegamos as pressas devido aos acontecimentos no jogo.

Eu me lembro de estar me sentindo pessimamente mal, por isso fui até o banheiro e nos corredores minha bolsa estourou. Então os homens vieram me ajudar, depois o Vinnie apareceu... Foi tudo rápido demais até mesmo para mim processar.

— Que porra, você...

— Eu estou vendo o tempo de uma contração para a outra, tenho que pensar em uma maneira segura de realizar o parto com o bebê saindo mais de um mês antes do que deveria.

— E como estão as contrações? — Vinnie pergunta em um tom não tão calmo como de costume, mas mesmo assim não deixa parecer como se de alguma maneira estivesse desesperado.

— Elas estavam de 3 em 3 minutos, agora já estão praticamente de 40 a 40 segundos, sem contar que ela já está com mais de 3 centímetros de dilatação, então obviamente está em trabalho de parto ativo! — E agora sim ele usa um tom que jamais havia o visto usar com o Vinnie, o que parece o irritar por completo devido a audácia do médico.

— Aumente a voz só mais uma vez e eu garanto que é a sua cabeça que vai precisar ser retirada de algum lugar. — E o meu médico apenas baixa a cabeça ao concordar, logo se virando para mim com um olhar nada bom.

Sinto minhas mãos suarem e eu juro que é como se eu quisesse apenas que eles me dopassem e só me acordassem quando o meu filho já estivesse fora de mim, mas é mais do que óbvio que as coisas não funcionam dessa maneira "fácil".

Melhoro a minha postura e tento respirar fundo, pois ao mesmo tempo que o meu corpo está arrepiado e eu estou com esse maldito frio na barriga, as contrações vem de maneira extremamente rápida e forte, me fazendo questionar como esse bebê ainda está dentro de mim.

— Eu preciso de água! — Falo nervosa ao sentir minha garganta completamente seca, mas o Shepherd apenas anota mais algumas coisas na prancheta enquanto nega.

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