"eu vou te engravidar"
7 de fevereiro de 2017.
toronto, ontario - canada— Que merda! — Gemo em frustração quando a mulher puxa a cera pela última vez, me dando vontade de a socar até não parar mais. — Já acabou? — Pergunto de uma maneira bem ignorante, mas ela simplesmente me ignora e se vira, indo sair desse quarto sem me falar absolutamente nada. — Você, volta aqui! — Enrolo a toalha na minha volta e levanto da cama, mas ela apenas nega, como se o melhor fosse eu ficar parada onde estou, sem falar nada a mais.
— Ela está pronta ou não? — Ouço uma voz masculina, o que me faz virar e encarar mais um dos brutamontes presente nesse enorme palácio. Sim, isso não é nem a merda de uma mansão, mas sim um palácio enorme, com um jardim imenso na parte de trás. Pelo menos essa foi a parte que eu cheguei a ver. Digamos que quando você é simplesmente obrigada a vir para cá e engravidar de um cara, a decoração do local não é o que mais chama a sua atenção.
— Estou bem depilada e pronta. — Ironizo, vendo que ele nem me olha direito, apenas aponta para um roupão, o mesmo que pelo visto eu deveria por.
Após por o roupão preto de veludo, caminho com ele pelos corredores dessa enorme residência, não fazendo a mínima ideia de onde estou ou para onde estou indo, apenas o seguindo com passos firmes, notando uma quantidade absurda de funcionários aqui, principalmente mais homens de ternos nos corredores, parados e parecendo preparados para qualquer coisa que possa acontecer.
Eu tenho dezenove anos, dezenove malditos anos. Ninguém deveria ser mãe a essa idade, pelo menos se a pessoa não quiser, mas... Se bem que eles não querem nem que eu faça parte da vida do bebê, serei apenas o utensílio que eles vão utilizar. Eu não vou ser mãe, não vou criar a criança ou ajudar a ensinar valores, vou simplesmente lhes fornecer o que eles querem, pelo menos foi isso que eu entendi.
— O senhor Hacker está chegando, sente da terceira poltrona da esquerda para a direita. — E ele então abre a porta, me mostrando a enorme mesa presente nesse cômodo, parecendo aquelas salas enormes de filmes, onde executivos ricos tem suas reuniões maravilhosas e discutem sobre como devem ou não gastar milhões.
— Claro. — Passo por ele e sento onde ele falou, percebendo que haviam mais três homens na sala, e sim, todos vestindo o mesmo terno preto, afinal, todos os homens aqui dentro usam isso. Observo cada canto da sala, vendo o quão sofisticado e elegante o ambiente é, realmente algo muito chique. A mesa dá para no mínimo dos mínimos 35 pessoas, sendo de mármore puro. As poltronas todas são de couro preto, me fazendo inalar o cheiro do mesmo e sorrir, pois adoro mesmo o cheiro de couro.
Ergo o olhar e não posso deixar de olhar os detalhes no lustre, desde os meros diamantes, até as diversas lâmpadas presentes no mesmo, deixando toda essa sala bem iluminada, mas com a janela que vai do teto ao chão, garanto que durante o dia, eles não precisam nem do lustre para iluminar o local.
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criminal blood.
FanfictionPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...