Pode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...
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"consertar você" 21 de setembro de 2017 toronto, ontário - canadá
O aperto mais contra mim quando o sinto mover seu corpo, pois eu sei que ele está fazendo isso para levantar.
— Só mais 10 minutos, está tão quentinho. — Eu falo me aconchegando mais no seu peito e ouço apenas a sua respiração, me fazendo tentar pensar em como durante a noite chegamos nessa posição, sendo que quando adormecemos não foi assim.
— Você, ah... Quer sair para almoçar? — Ele pergunta sério e eu estranho, mas não chego a abrir os olhos.
— Você não ia falar com o meu irmão?
— E eu vou, mas tenho que comer, então... Quer ir? Se não quiser não faz diferença, mas... — E eu percebo que ele fica todo confuso com o que falar para mim, o que chega a ser adorável.
— É a primeira vez que convida uma garota para sair? — Faço graça e ele se irrita, pois se solta de mim e levanta da cama, me fazendo bufar quando abro os olhos com cuidado e me sento de forma lenta, erguendo o lençol preto para tapar os meus seios.
Ele entra no banheiro e eu quero apenas deitar e dormir, mas sei que também teria que ir me arrumar para ver o que faríamos em relação ao meu irmão e sua mulher. Levanto da cama e vou em direção ao meu quarto, então primeiramente tomo um banho rápido e me arrependo na hora de não ter ido com o Vinnie para o seu chuveiro. Para poupar água, é claro.
Após o banho, seco meu cabelo de qualquer jeito e aproveito que o clima está agradável, então coloco um vestido longo e um casaquinho fino por cima apenas por conta do vento. Penso em me maquiar ou por alguma jóia que seja, mas logo as palavras da Betty de ontem acessam a minha mente, então percebo que quero ir o mais simples possível para isso. Saio do quarto nem na hora que o Vinnie passa pelo corredor, então ele obviamente me faz ir com ele para o elevador.
— Por que os meninos não estão aqui? — Eu pergunto quando entramos na enorme sala de jantar e vejo apenas dois pratos com os nossos cafés-da-manhã.
— Eu vou deixar eles dormirem até mais tarde, mas só hoje. — Ele fala indiferente, então escondo o meu sorriso e concordo, me sentando do seu lado na mesa, pois ele está na ponta basicamente.
— Já pensou no que vamos fazer? — Pergunto ao beber primeiramente o suco de laranja.
— Sabe que tem que tomar as vitaminas primeiro. — Ele fala sério e me mostra o prato minúsculo com dois comprimidos.
— Satisfeito? — Pergunto após as tomar, então ele ia mesmo responder, mas seu celular começa a tocar e ele obviamente o pega para ver quem é.
