"eu faço isso com frequência"
14 de abril de 2017
veneza, veneza - itália— Solta o meu braço? — E para variar ele fala nada educado, mas eu só nego e aperto mais ainda.
— Acha que se eu não estivesse morrendo de dor nos pés e precisando da sua ajuda para caminhar, eu estaria sequer tocando em você? — Murmuro irritada, admirando a casa que estava na nossa frente.
Bem, eu posso dizer que essa mansão é linda e muito sofisticada, mas nada comparada mesmo ao palácio do Hacker, que é um absurdo sem tamanho.
— Mesmo grávida eu não terei medo nenhum em te dar porrada aqui, então não ouse aumentar o tom de voz ou me responder sem permissão na frente deles. Eles já estão estranhando que você veio, não quero mais mistérios e perguntas para cima de mim. — Ele murmura arrumando os óculos de sol e eu penso em responder, mas sinceramente, estou com preguiça até de fazer isso.
— Senhor Hacker. — Os funcionários na entrada baixam a cabeça para ele, me fazendo segurar o som de nojo, mesmo que seja algo que eu já esteja acostumada. Entramos na residência e eu vejo diversas pessoas paradas na sala, obviamente nenhuma mulher entre eles.
— Hacker. — O seu tio fala, fazendo na hora eu parar e pensar.
Todos eles são da mesma família, porque o Vinnie é o único que é chamado pelo sobrenome? Isso que nem o pai dele é chamado de Hacker, mas sim de Nate.
— É muito bom ver você. — Outro homem fala, mas com os olhos em mim.
— É uma pena que eu não possa falar isso, Bryce. — Ele fala se referindo ao mais novo, logo olha para o tio. Como eu sei que é tio? Pois ele é realmente a cara do Nate. — Michael, vamos fazer isso do jeito fácil ou difícil? Não estou com vontade de sujar minhas mãos hoje. — Ele fala e percebo o olhar do homem sobre mim, na realidade sobre o meu corpo em si.
— A prostituta vai ficar aqui enquanto debatemos sobre isso? — E ele está mesmo se referindo à mim?
— Eu não... — E eu paro de falar, lembrando do que o querido Hacker havia dito, então me calo e respiro fundo, não querendo mais problemas para mim.
— Levem ela até o quarto. — Hacker fala e o outro nega, acho que o Bryce, o mesmo que pelo que eu entendi parece ser seu primo.
— Seu pai disse que vocês já são íntimos, não achei que se importariam de dividir o quarto. — Ele fala para provocar e percebo que o Hacker segue sério, não demonstrando um traço de emoção sequer em seu rosto.
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criminal blood.
ФанфикPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...