"inacreditável"
23 de fevereiro de 2017
toronto, ontario - canada— Merda. — Soco a pia com força, realmente me irritando mais ainda pelo simples fato de não ter nada que eu possa fazer para mudar a situação em que me encontro. Que bela maneira de passar o meu aniversário, sinceramente. — Não Emmy, sem porra de lágrimas. — Nenhum deles merece sequer a minha desgraça, mas cara, eu juro que dói. Eu já estou aqui desde o dia 7, fazem quase duas semanas, e só de saber que o meu pai não deu nem sequer sinal de vida, não é algo bom para mim, de forma alguma.
Eu sinceramente sou uma pessoa positiva, sempre tento ver as coisas da melhor maneira possível, mas chega uma hora que cansa, chega um momento que eu me sinto muito sobrecarregada e cansada, sem saber que rumo tomar ou como agir, mas não conseguindo mais fingir que está tudo bem, pois chego ao meu limite.
Hoje é a droga do meu aniversário, uma data que para mim sempre foi motivo de felicidade, mas nunca me senti tão só, nem mesmo quando a minha mãe morreu. Sem contar que... Bem, sempre somos eu e ele. Então eu realmente queria ele comigo para comemorar, nem que fosse para pegar um cupcake e por a vela mais simples do mundo sobre o mesmo, mas apenas pela companhia, por saber que é alguém que se importa comigo.
Meus amigos? Eu sinceramente espero que eles não caiam nessa de que sai para visitar algum país ou algo do gênero, porque a única coisa que eu tenho feito até agora, é ter perdido aula e estar criando dentro de mim o próximo demônio a pisar na terra, fora isso, nada demais, coisas do cotidiano.
Ouço baterem na porta e estranho, mas respiro fundo e melhoro a minha postura, saindo do banheiro e secando as lágrimas antes de ir em direção a porta, a abrindo.
— Senhorita Jones? — Rose me pergunta, fazendo eu sorrir ao ver a governanta da casa na minha frente.
— Já falei que só Emma está bom, acredite. — Falo e ela sorri sem graça, meio que "sabendo" que ela é uma das únicas autorizadas a trocar palavras diretamente comigo.
— Eu já servi o almoço, não quero que quando vá comer já esteja tudo frio. — Agradeço pelo aviso e desço com calma, caminho em direção a sala de jantar e vejo os dois literalmente jogando o macarrão, sujando todo o carpete da enorme sala.
— Zac, Dylan! — Eu falo chocada, sentindo uma pena enorme de Rose aqui e as outras funcionárias que teriam que limpar essa merda vinda deles. — Vocês vão ajudar a limpar. — E nesse instante eles negam, me olhando de cima à baixo e em seguida para a "senhora" do meu lado, que baixa o olhar.
— Ela é a empregada, a gente paga ela para isso. — Eu juro que se não tivesse medo, dava na cara dos dois agora. — Para limpar cada pequena merda que a gente queira fazer. — E quando o Zac fala isso, ele pega macarrão e joga com tudo no chão, estendendo o pé e pisando em cima.
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criminal blood.
Fiksi PenggemarPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...