"lá para você"
3 de setembro de 2017
toronto, ontário - canadá— Qual é, não está tão inchado assim. — Eu murmuro ao levantar o pé e os gêmeos do meu lado riem.
— Seu pé está gordo e bem feio. — E eu acerto o Zac no braço sem nem pestanejar.
— E é por isso que vocês os dois jamais conseguiriam namoradas, não conseguem elogiar uma garota. — Ironizo e logo paro para pensar em algo. — Vocês estão com 13 anos, não é? — E eles concordam na hora, me fazendo ficar enjoada com o pensamento dos dois tendo filhos daqui à dois anos. Céus.
Eles são tão jovens e imaturos, e bem... Me pergunto se o Vinnie com a idade deles era dessa mesma maneira, embora seja difícil imaginar o Vinnie como alguém mais desleixado ou sequer inocente.
— Onde vai? — Dylan pergunta quando eu levanto, mas antes mesmo de eu poder o responder, o Vinnie vem pelo corredor e para diante à nós, com uma expressão cansada no rosto.
— Emma, você tem uma consulta hoje com o Shepherd.
— Eu sei, já terminei de comer minhas frutas e estou pronta. — Digo com calma e ele concorda, olhando para os filhos de cima à baixo.
— E por que os dois ainda estão aqui na sala? — E os dois levantam do sofá em um pulo, passando por mim e subindo até o andar de cima, provavelmente indo se trocar para o treino de tiro.
— Posso ir dirigindo hoje? — Pergunto ao sairmos da porta e ele me encara pelo canto do olho, desconfiado. — Vai, eu só peguei no carro duas vezes em 2 semanas!
— E quase o bateu em ambas as vezes. — Ele fala para me provocar e eu rolo os olhos, passando por ele e indo em direção aonde os carros eram estacionados, então quando entro no meu, eu fico feliz em ver que ele sobe no lugar do carona ao meu lado.
— Coloca o cinto. — Falo após ligar o carro e ele ri, negando com a cabeça enquanto pega um cigarro da cartela em seu bolso e acende o mesmo. — Não fuma aqui, vai ficar com um cheiro forte e...
— Emma, cala a boca e dirige. — E eu concordo, dando ré com calma e saindo da vaga, vendo que ele se irrita com a minha "lentidão", mas bem, estou pouco me fodendo nesse instante para ele. Saio dos limites da mansão e percebo que teria que entrar em uma highway (pista de viagem com várias faixas e sem sinaleiras), o que inteiramente me deixa bem nervosa, mas tento não demonstrar isso para ele.
— Por que suas mãos estão suando? — E eu esqueci que ele é o Vincent Hacker e percebe até quando a minha sobrancelha não está feita.
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criminal blood.
FanfictionPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...