Pode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...
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"memórias ruins" 19 de agosto de 2017 toronto, ontário - canadá
— Por que você está sequer acordada? — Eu pergunto enquanto caminho até o meu closet, não conseguindo acreditar que ontem após ela ter adormecido eu a deixei ficar na cama, mas não, não "dormimos" juntos, pois depois que ela apagou eu desci até o escritório e fiz questão de em 7 horas, achar o cara que abusou dela.
— Você abriu a porta de forma forte. — Ela fala ainda sonolenta e chega até mesmo a bocejar. Eu quero mandar ela levantar e ir para o quarto dela visto que eu vou viajar, mas sei que isso apenas começaria outra discussão e acho que não me importo tanto com o fato de ela deitar na minha cama. — Vai sair agora?
— Sim, o jatinho já está me esperando. — E está, mas preciso dar uma parada em um local antes.
— Os meninos vão com você?
— Não, eu pretendo voltar ainda hoje então não vejo necessidade de os arrastar comigo só para eu matar um ou outro cara. — E ela concorda, se enrolando mais nos meus lençóis pretos e me encarando fixamente, começando a me deixar tenso. — O que foi?
— Você vai trazer meu globo de neve? — Porra, sabia que ia esquecer de alguma merda.
— Onde colocou os outros? Eu nem sequer vi os outros três. — Falo sem acreditar que eu realmente me prestei para pegar para ela um globo dos últimos lugares dos quais viajei.
— Eles estão no meu quarto, eu juro. — E só o jeito que ela morde o seu lábio inferior me deixa completamente louco, mas eu sei que se transar com ela de novo agora vou me atrasar e não vou poder fazer o que quero em Toronto antes de sair.
— Se eu tiver tempo eu trago. — E ela nega.
— Nem ouse aparecer aqui sem. É algo nosso, você não pode simplesmente quebrar isso. — E eu rolo os olhos, mostrando que para mim não tem tanta importância. Eu sento na ponta da cama e começo a por os meus calçados, vendo quando ela se senta melhor e se aproxima de mim ainda se tapando com os lençóis.
— O que quer? — Pergunto quando ela ergue a mão e acaricia o meu cabelo, me fazendo eu estranhar, mas no entanto a sensação é mais agradável do que eu quero admitir. — Vai ficar me provocando? — Eu pergunto em um tom mais sério e ela então inclina o rosto, começando a morder o meu pescoço com calma.
— Está com pressa para sair? — Ela ironiza ao subir seus lábios até a minha orelha, beijando ela e em seguida fazendo o caminho até o meu maxilar.
— Está querendo algo de mim antes de eu ir embora? — Pergunto direto já com uma expressão mais arrogante ainda, vendo que ela concorda e aperta mais o meu ombro com seu braço.