"fazendo amigos"
28 de fevereiro de 2017
toronto, ontário - canadá— Isso é ridículo! — Paro de pedalar, sentindo a ardência cada vez pior nas minhas pernas, mas obviamente o meu querido professor aqui não liga.
— O senhor Hacker foi claro, você só desce depois dos 4 quilômetros. Então quanto mais enrolar para fazer o circuito, mais tempo ficará aqui.— E eu nego pela milésima vez.
— Barton, isso é ridículo! — E ele simplesmente me ignora, cruzando os braços e querendo que eu continue. — Como isso sequer faz bem para o bebê? Eu estou só grávida fazem duas semanas, isso é uma idiotice! — Reclamo e sigo pedalando, vendo que ele me estende um suco de diversas frutas para eu tomar, mas não, eu passo.
— Deu. — Ele fala e eu finalmente paro, descendo logo dessa bicicleta de merda.
— Deu esse treinamento todo, já estamos aqui à uma hora e meia! — Extravaso e ele concorda, abrindo a porta da academia, a mesma que leva para o meio do centro de treinamento dos meninos. Então assim que saio eu dou de cara com ambos, mas não somente eles, pois o pai deles está aqui com uma cara nada boa, como quem não está contente.
— Não. — Os dois falam sérios, fazendo eu estranhar e perceber que eles falam dessa forma por conta da presença do Hacker, o mesmo que os encara de uma forma extremamente severa.
— Então por que diabos eu recebi essa merda? — Ele ergue os papeis, o que faz ambos baixarem as cabeças e não falarem nada. — Quero todos fora desse centro em três segundos. — Não preciso nem dizer que todos os seus funcionários praticamente correm daqui, deixando apenas eles e eu aqui dentro.
— Hacker... — Eu chamo com calma, querendo apenas entender o que se passa, mas obviamente o querido não tem paciência para sequer me ouvir.
— Se não quer ver a porrada que eles vão levar, sugiro que saia daqui. — Ele fala amassando os papeis e eu nego na hora.
— Não precisa bater neles. Independente... Independente do que aconteceu. — Juro que tento falar com calma, querendo que toda essa situação em si não aconteça. Me aproximo e vejo que são dois exames, provavelmente eles não foram bem em alguma matéria com o Benner, mas isso não é motivo para apanharem, é normal ter dificuldade em algumas coisas.
— Sai da minha cara. — Ele fala e eu quero sair, quero simplesmente me virar e ir para o meu quarto para não me meter nisso, mas porra cara, eles tem 12 anos.
— Não. — Falo de forma baixa, vendo que ele ergue o olhar e me encara sem acreditar que eu estou aqui negando sua ordem.
Antes que eu fale algo, ele ergue a mão e a vira em um tapa, acertando o rosto do Zac, literalmente o jogando longe devido a força que ele exerce.
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criminal blood.
FanfictionPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...