Pode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...
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"libertar" 19 de agosto de 2017 veneza, veneza - itália
— Não me interessa. — Murmuro de maneira séria enquanto a porta da grande mansão do meu tio é aberta para mim, então obviamente após eu entrar no local, o meu tio e primos já estão de pé e me esperando na sala.
— Hacker. — Meu tio fala ao esticar a mão para me cumprimentar, mas ainda mais depois da lembrança que eu tive a algumas horas, eu apenas nego mentalmente e o ignoro, olhando para um dos meus três primos parados do seu lado.
— Acho que sabe o porquê de eu ter vindo até aqui, Jaden. — Falo arrogante. — Vendo que ele me olha de forma mais estúpida ainda, como se de alguma maneira tivesse esse tipo de autoridade comigo.
— Pior que não. — E ele se ia se sentar, fazendo com que os dois irmãos gêmeos dele o segurem pelos braços para não cometer esse erro. Sim, gêmeos são algo que corre pela nossa família à anos.
— Não? Michael, devia cuidar o que o seu filho fala antes que eu não me controle e corte sua língua. — E o meu tio concorda cagado de medo, mas o Jaden simplesmente nega. Porra, ele tem só 20 anos e é arrogante até não poder mais, mas isso é bom. Pois a cada segundo que passa, ele me dá mais um motivo para o matar.
— Por que nós não vamos comer e... — Landon começa, mas eu ergo a mão e nego para ele.
— Me fala, Jaden. Me explique como você ainda tem coragem de ficar de pé na minha frente.
— Eu não sei, o hipócrita aqui é você. — E eu nem sequer me sento, pois já percebo que isso vai ser bem mais rápido do que eu esperava.
— Ah, sim?
— Sim, porque ninguém nessa família pode manter mulheres e você tem uma na sua casa que deve estar te esperando agora. E engraçado, não acha? Quando você fala uma coisa e prega outra. — E eu nego na hora, não querendo me exaltar e atirar no meio da sua testa aqui do nada.
— Ela é apenas uma mulher contratada para carregar o meu filho. Não que seja algo que eu tenha que justificar para você, pois não lhe devo nada. — E ele nega, dando um passo para frente e me encarando.
— Eu tive que matar minha filha porque ela era uma mulher. — Ele fala em relação ao seu primeiro bebê, mas a culpa não foi minha se ele não conseguiu um menino, ele sabe mais do que bem quais são as regras.
— A culpa disso não é minha.
— É, porque minha namorada se matou depois disso, ela não aguentou a pressão. Eu falei com você, pedi para a deixar com vida e...
