"voltar a dormir"
22 de maio de 2017
toronto, ontário - canadáO silêncio preenche a sala e não consigo desviar meus olhos dos seus, como se eu estivesse sendo puxada a encarar sua bela, mas ao mesmo tempo também arrogante, expressão facial.
— Eu não sei quem colocou ai. — E ele finalmente fala, fazendo os filhos estranharem e darem de ombros, como se de fato fossem jogar a embalagem fora.
— NÃO. — A palavra sai em um tom mais desesperado do que eu queria dos meus lábios, fazendo os gêmeos estranharem enquanto colocam o globo sobre uma das estantes dessa enorme sala e em seguida se sentam na mesa conosco.
— Ah... Deixa com a Emma, não faz diferença se jogar fora ou dar para ela. — Ele fala sem conseguir me olhar, mas percebo que agora não é nem por raiva, mas talvez por... "Vergonha"?
— Pai, que porra é isso no seu rosto? — Dylan pergunta quando se senta do lado dele, fazendo o Zac rir e olhar para o Vinnie enquanto observa com calma a marca vermelha que minha mão havia deixado em sua face.
— Parece até que foi uma mulher que te bateu. — E eu juro que me sinto ofendida, mas ignoro e olho para o meu prato, voltando a comer sem saber o porquê, mas me sentindo mal pela droga do tapa que ele merecia à tempos ter levado.
Ele não só se lembrou, como ele trouxe. Ele perdeu seu tempo procurando esse globo de neve, uma coisa simples, mas o meu pedido para ele. Eu ainda não consigo entender, é algo simplesmente novo e estranho, como se fosse um misto de sentimentos.
Ouço de maneira distante os gêmeos discutirem sobre qual dos dois ganhou hoje no treino de luta, então ergo o rosto com a certeza que seu olhar estaria pesando sobre mim. Seus olhos me encaram de uma forma bem mais penetrante e invasiva do que eu esperava, mas ao mesmo tempo chega a me dar um leve conforto interno.
— Obrigada. - Sussurro com os meus lábios de forma que apenas ele note, então o vejo coçar a garganta e em seguida levar o copo com sua bebida até os seus lábios, sem ter coragem de me responder, mas me mostrando que havia captado minha mensagem.
VINCENT HACKER
2 de junho de 2017.— Emma, anda de uma vez! — Eu falo pela terceira vez, e isso que a maldita sabe o quanto eu detesto repetir as coisas.
— Eu disse que já vou, que droga. — Ótimo, é assim que a gente descobre se a grávida está ou não irritada.
— Eu já te dei a porra do chocolate hoje no almoço, não quero ouvir uma reclamação que seja. — Eu falo e na hora ela abre a porta do quarto, me fazendo a olhar de cima a baixo e até mesmo parar por uns instantes, não conseguindo desviar meus olhos do seu corpo.
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criminal blood.
FanficPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...