"To kiss in cars and downtown bars
Was all we needed
You drew stars around my scars"
— Taylor Swift, Cardigan"pesadelos"
4 de setembro de 2017
toronto, ontário - canadáEu quase nunca durmo com ele, e quando isso acontece, o maldito não para de se mexer e praticamente me chutar para fora da cama.
— Vinnie, para com essa droga. — Murmuro irritada e queria me levantar e soltar seu peito, mas eu estou realmente muito confortável com minha cabeça encostada a ele. — Vincent, é sério, você tem que parar de tentar me empurrar da cama, você prometeu que não ia fazer isso de novo. — Ironizo e fico ainda mais furiosa quando ele não responde.
Eu ia voltar a o xingar e até mesmo morder o seu peito, mas quando ele se move de uma maneira extremamente violenta, eu fico assustada. Me afasto do seu corpo e ligo o abajur com pressa, percebendo que ele está com os olhos fechados e os braços erguidos com os punhos fechados, como se fosse lutar com alguém aqui.
— NÃO É VERDADE! — Ele grita com as sobrancelhas franzidas e eu levanto da cama em um salto, dando a volta e tentando segurar os seus braços, mas obviamente ele é mil vezes mais forte do que eu e deixou essa minha tentativa não passar de nada além de falha.
Ele abre seus olhos em um instante e eu jamais antes havia os visto assim, nessa escuridão sem fim, não parecendo o castanho claro de sempre. Eu paro por alguns instantes e fico sem saber o que fazer, pois eu não sei se ele está acordado, mas a certeza que eu tenho é de que ele não está nem um pouco lúcido.
— Vinnie... — Passo a mão pelo seu rosto com o intuito de o acalmar ou o fazer voltar para a realidade, mas ele apenas segura o meu pulso e me vira com força para cima da cama, praticamente se sentando sobre o meu quadril e erguendo o punho para me socar, mas eu com pânico me viro para o lado e ele acerta o travesseiro.
— PORRA, PAI! NÃO, NÃO... — Ele grita com a voz completamente rouca, fazendo meu peito ficar a cada medida mais ofegante ainda devido ao pânico que vai me preenchendo pela situação que nós os dois estamos aqui.
Comigo grávida embaixo dele e o mesmo tentando me acertar, pensando de alguma maneira que eu sou a porra do Nate. É óbvio que ele carrega coisas horrendas do seu passado relacionadas ao seu pai, mas eu jamais o havia visto nesse estado, eu nunca o vejo fora de si, é algo que até hoje é quase impossível se ver vindo dele.
Vincent Hacker tem o controle sobre absolutamente tudo que se passa na sua vida, então o ver assim desse jeito é algo além de assustador.
— VINCENT! — Eu grito quando ele se inclina mais ainda contra a minha barriga, mas ele não acorda e segue se debatendo enquanto grita de forma que tente o acordar.
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criminal blood.
Hayran KurguPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...