42 | bad dreams

239 25 17
                                    

"To kiss in cars and downtown bars
Was all we needed
You drew stars around my scars"
Taylor Swift, Cardigan

"To kiss in cars and downtown barsWas all we neededYou drew stars around my scars"— Taylor Swift, Cardigan

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"pesadelos"
4 de setembro de 2017
toronto, ontário - canadá

Eu quase nunca durmo com ele, e quando isso acontece, o maldito não para de se mexer e praticamente me chutar para fora da cama.

— Vinnie, para com essa droga. — Murmuro irritada e queria me levantar e soltar seu peito, mas eu estou realmente muito confortável com minha cabeça encostada a ele. — Vincent, é sério, você tem que parar de tentar me empurrar da cama, você prometeu que não ia fazer isso de novo. — Ironizo e fico ainda mais furiosa quando ele não responde.

Eu ia voltar a o xingar e até mesmo morder o seu peito, mas quando ele se move de uma maneira extremamente violenta, eu fico assustada. Me afasto do seu corpo e ligo o abajur com pressa, percebendo que ele está com os olhos fechados e os braços erguidos com os punhos fechados, como se fosse lutar com alguém aqui.

— NÃO É VERDADE! — Ele grita com as sobrancelhas franzidas e eu levanto da cama em um salto, dando a volta e tentando segurar os seus braços, mas obviamente ele é mil vezes mais forte do que eu e deixou essa minha tentativa não passar de nada além de falha.

Ele abre seus olhos em um instante e eu jamais antes havia os visto assim, nessa escuridão sem fim, não parecendo o castanho claro de sempre. Eu paro por alguns instantes e fico sem saber o que fazer, pois eu não sei se ele está acordado, mas a certeza que eu tenho é de que ele não está nem um pouco lúcido.

— Vinnie... — Passo a mão pelo seu rosto com o intuito de o acalmar ou o fazer voltar para a realidade, mas ele apenas segura o meu pulso e me vira com força para cima da cama, praticamente se sentando sobre o meu quadril e erguendo o punho para me socar, mas eu com pânico me viro para o lado e ele acerta o travesseiro.

— PORRA, PAI! NÃO, NÃO... — Ele grita com a voz completamente rouca, fazendo meu peito ficar a cada medida mais ofegante ainda devido ao pânico que vai me preenchendo pela situação que nós os dois estamos aqui.

Comigo grávida embaixo dele e o mesmo tentando me acertar, pensando de alguma maneira que eu sou a porra do Nate. É óbvio que ele carrega coisas horrendas do seu passado relacionadas ao seu pai, mas eu jamais o havia visto nesse estado, eu nunca o vejo fora de si, é algo que até hoje é quase impossível se ver vindo dele.

Vincent Hacker tem o controle sobre absolutamente tudo que se passa na sua vida, então o ver assim desse jeito é algo além de assustador.

— VINCENT! — Eu grito quando ele se inclina mais ainda contra a minha barriga, mas ele não acorda e segue se debatendo enquanto grita de forma que tente o acordar.

criminal blood.Onde histórias criam vida. Descubra agora