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"positivo"18 de fevereiro de 2017toronto, ontário - canadá

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"positivo"
18 de fevereiro de 2017
toronto, ontário - canadá

— Céus. — Falo enquanto encosto minhas costas na parede do banheiro, sem realmente conseguir acreditar na mensagem que meus olhos mandaram para a minha mente agora.

Observo o teste na minha mão, mas nem isso faz com que um sorriso cresça no meu rosto, pois teoricamente isso seria a minha "salvação". Positivo. Suspiro de forma pesada e me ergo, largando o teste na pia e me segurando na mesma, observando o meu reflexo no espelho para tentar ao máximo juntar os pontos.

Pois é, parece que agora eu tenho um laço mais do que eterno com esse diabo vestido de gente. Não, eu não falei com ele nos últimos 5 dias, e sinceramente, nem fiz questão. Transamos mais de 6 vezes, mas é claro que depois que ele gozava, simplesmente saía do quarto sem falar uma palavra que fosse.

Ele é mais frio do que esperava, tornando a minha estadia aqui um verdadeiro inferno. Sem contar que ele é um egocêntrico nojento, pois é mais do que visível que ele acha que o mundo gira ao seu redor. O ouço bater na porta e bufo irritada. E não, ele não está batendo por educação, mas sim porque a porta está trancada.

Ergo minha cabeça e melhoro minha postura, segurando o teste com firmeza e destrancando a porta, fazendo questão de praticamente jogar o material que eu tinha em mãos na cara desse infeliz de merda. Ele arranca o teste de mim e eu passo por ele, ainda sem falar uma única palavra.

— Já estava mais do que na hora. — Ele fala arrogante, jogando o material de plástico no chão, sem dar grande caso. — Quando eu falo com você, espero que responda. — Ele solta realmente puto, mas eu apenas concordo com a cabeça, não abrindo a boca. — Senhorita Jones? — Ele ironiza e eu o fuzilo com os meus olhos, me irritando ainda mais com essa falsa calma que ele possui.

— Sim, senhor Hacker?

— Esse olho roxo ainda está doendo? Parece ter sido uma pancada feia, você está bem? — Ele pergunta com tanta seriedade, que se não tivesse saído dele, eu podia jurar que soa como uma pessoa preocupada, que não sabe à respeito de nada que aconteceu.

— Não, apenas mais um animal solto que me machucou. Sabe como eles são, não tem noção de suas ações. — Devolvo no mesmo tom, vendo o como ele morde o lábio inferior e nega com a cabeça, como se eu ainda fosse muito ingênua.

— Essa sua arrogância ainda vai te fazer apanhar mais. — E minha vontade é de levantar e gritar com ele, mandar ele a puta que pariu, mas sabe, eu sei que muitas vezes o silencio é a melhor resposta, pois é a que mais irritada. Irrita ver que a pessoa não está dando a mínima bola para o que quer que esteja saindo de sua boca.

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