"família é uma merda"
5 de setembro de 2017
toronto, ontário - canadáEu fico me mexendo de um lado para o outro na cama, isso que a minha barriga está relativamente grande e é suposto que eu consiga apenas dormir deitada de costas, mas nem sequer dormir eu consigo nesse momento.
Me sento na minha cama e coloco a mão sobre a minha barriga, sentindo que o Peter chuta cada vez mais e mais, me fazendo sentir enjôos de tão forte que é a maneira que sinto seus movimentos. Isso que até agora eu engordei só 7 quilos, então de fato essa dieta limitada que tenho na casa é para me manter em boa forma, porque só engordei na barriga.
— Desisto. — Murmuro para mim mesma e levanto, sabendo mais do que bem que depois da minha conversa com ele na biblioteca, o mesmo simplesmente saiu por não ter aprovado a minha resposta, mas não tinha mais o que eu falar!
Como ele espera que eu viva regrada assim pelo resto da minha vida? Eu amo os gêmeos e eu amo o Peter incondicionalmente, queria do fundo do meu coração poder ter uma vida normal com eles e com o Vinnie, mas isso não é normal, essa família em si não possui absolutamente nada de comum.
Abro a porta do meu quarto e dou de cara com dois seguranças no corredor, mas apenas fecho a porta e passo por eles, vendo que eles seguem a antiga ordem do Vinnie, de se virarem de costas e não me olharem enquanto passo.
Caminho com calma até o seu quarto e o medo da rejeição vai preenchendo o meu peito, vai me atacando aos poucos porque quando se trata dele eu simplesmente não sei o que esperar, simplesmente não consigo.
Eu tenho compreender sempre quais serão seus próximos passos, tento adivinhar o que passa pela sua cabeça e o que deixa com que ele cometa suas atrocidades, mas é como se sempre ele quisesse mais e mais me pegar de surpresa. Assim que paro de frente para a enorme porta de mármore, eu consigo sentir o meu coração palpitar, mais na realidade como se estivesse querendo abrir o meu maldito peito e ir até ele.
Eu não sei o que está acontecendo comigo. Já se passaram 8 meses desde que eu vim parar aqui, 8 meses desde que a minha vida mudou radicalmente, 8 meses para eu o odiar com todo o meu coração... Mas parece que a cada dia que passa, eu me apego mais e mais a pessoa que ele é.
Me apego com seu jeito de ser, me apego com a maneira que inúmeras vezes nem ele consegue sequer compreender o que passa por sua mente. Eu me sinto responsável, sinto como se fosse o meu dever conseguir o salvar dessa escuridão que ele se encontra.
Tem dias que tenho vontade de simplesmente o abraçar e ficar deitada por horas com ele, acariciando o seu cabelo e pensando no menino indefeso que sofreu de maneira extrema quando menor. Ele é forte demais.
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criminal blood.
FanfictionPode-se dizer que para nós, os Hackers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não criamos filhos, criamos soldados. Somos a maior e mais poderosa máfia do mundo, não por medo, mas sim por respeito. O nosso sucesso? Manter isso...