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"cinza"5 de agosto de 2017toronto, ontário - canadá

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"cinza"
5 de agosto de 2017
toronto, ontário - canadá

— Será que pode fazer isso mais rápido? — Pergunto em relação à "massagem" que a mulher está fazendo em mim, mas obviamente ela me ignora e segue as ordens do grande e poderoso senhor Hacker, que provavelmente foram feitas para aumentar a minha vontade de fazer minhas necessidades, pois ela me aperta em tudo o que é canto aqui.

— Pare de se mexer. — Ela fala séria, mas posso ver que ela está se divertindo com a minha dor. E não, eu não estou fazendo drama, está doendo pra caralho, tanto que eu chego a segurar os gemidos de dor enquanto ela passa as mãos pela minha barriga.

— Já chega. — Falo furiosa, me levantando e vendo que ela fica surpresa, mas eu a ignoro e coloco o roupão de veludo, percebendo que até o segurança permanece sério.

— Você sabe que o senhor Hacker quer que você...

— Deixa que com o senhor Hacker lido eu, a propósito, você e essas suas mãos de satanás estão é demitidas, pode sair daqui. — E bem, talvez esteja no momento dos hormônios da gravidez ficarem mais ativos na questão da raiva, mas sinceramente eu não aguento mais, então não me preocupo com ela aqui.

Me viro e simplesmente saio da sala ampla, caminhando pelo corredor e indo em direção à sala, pois já estou no andar inferior.

— Quem te liberou 25 minutos mais cedo? — Ouço essa voz quando passo pelo seu escritório, já parando meus passos e me virando para entrar na sala.

— Vincent, que merda é aquela mulher que você contratou para essas massagens?

— A Greta? — Ele questiona com humor, passando o dedo pelos lábios antes de ir passando as folhas do que parece ser um contrato enorme.

— Greta, até o nome já é mais bruto!

— Ela veio da Suécia especialmente para acompanhar você durante a gravidez, então deixe de ser mimada e volte lá.

— Ela pode muito bem voltar para a Suécia então, mas que ela e aquelas mãos fiquem mais do que longe de mim! — Digo e me jogo em uma das poltronas na frente da sua mesa, o fazendo apenas erguer o olhar e acompanhar meus movimentos.

— Não está se sentindo muito à vontade não?

— Eu moro aqui. — Falo emburrada, o encarando com seriedade e ele nega.

— Você precisa seguir com todos os acompanhamentos até o fim da gravidez. Assim que tiver o bebê não vai nem mais precisar ver a cara daquela mulher. — Ele fala sério, me fazendo concordar e virar o rosto ao perceber que estou no 6° mês, então em menos de 90 dias não vou conviver nem mais com ele ou os gêmeos. O que deveria me deixar feliz, afinal vou poder voltar para o meu pai, para a minha faculdade e supostos amigos, mas... Seria uma mentirosa se falasse ao mesmo tempo que não vou sentir falta do... Dos gêmeos, é claro.

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