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Votem e comentem.
Boa leitura.
Parte 2/2.

Melissa. 📌

Domingo, 30 de Junho.

—— Eu vou fazer algo que pensei nunca fazer. —— ele disse com sua voz calma.

Ele levantou e pegou em minha mão me guiando até o sofá que tinha no quarto. Sentei e ele me puxou para sentar mais perto dele, o contato físico entre eu e ele trás uma carga elétrica para o meu corpo me fazendo ficar arrepiada.

—— Pode começar, se quiser. —— murmurei para ele e o vejo soltar um suspiro longo.

—— A seis anos atrás aconteceu uma coisa que acabou mudando a minha vida. —— a voz dele mudou para grave. —— Eu tinha uma irmã, o nome dela era Liz, nós dois éramos muitos próximos. —— senti ele vacilar. —— Sem querer eu acabei contando a ela uma coisa séria que ela não deveria saber.

Ele deu uma pausa e eu apertei forte sua mão lhe dando apoio para ele continuar.

—— O meu trabalho envolve coisas pesadas, e eu acabei contando a ela sobre uma ameaça que eu recebi. —— ele abaixou a cabeça e respirou fundo mais uma vez. —— Contei a ela sobre um encontro que eu teria para resolver esse assunto, e ela acabou indo mesmo com o meu pedido para ela não ir.

Ele levantou a cabeça e vi lágrimas nos seus olhos. A minha vontade era de abraçar ele e o confortar até que ele se sentisse bem.

—— Não precisa continuar se você não estiver se sentindo bem. —— coloquei minha mão em seu rosto e alisei de leve.

Ele pós a mão dele sobre a minha e apertou ela.

—— Tá tudo bem, eu preciso continuar. —— seu olhar era carregado de tristeza.

Concordei levemente com a cabeça e ele continuou.

—— Havia a possibilidade de uma troca de tiros, mais mesmo assim ela foi até lá. Quando ela entrou no porão eu me vi perdido, e a minha primeira reação foi tirar ela de lá. —— ele explicou. —— Mais não deu tempo, eles a viram antes de mim, e assim que ela correu em minha direção entre o tiroteio acabaram atiraram nela três vezes. —— o choro dele se intensificou.

Dava pra ver que isso o machucava, e isso me deixava de certa forma triste também.

—— Ela acabou morrendo, nos meus braços Melissa! —— me encarou. —— Eu vi ela morrer e isso tudo por minha causa!

Ao ouvir isso neguei com a cabeça freneticamente, isso não foi culpa dele.

—— Não Alberto, isso não foi culpa sua, foi um acidente. —— não me contive e o abracei forte.

Diferente de hoje mais cedo ele retribuiu o abraço deitando a cabeça em meu ombro. Alisei seus cabelos ouvindo o seu choro intenso. Senti ele pousar as mãos em minha cintura e me puxou para seu colo fazendo com que eu sentasse de lado, de primeira eu quis me afastar mais ele me apertou forte me impossibilitando de sair.

Apenas relaxei e ele continuou a chorar.

—— Meus pais me culpam da morte dela e eu não consigo aguentar mais isso. —— sua voz saiu rouca e falha.

A Nossa Pura Obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora