A Nossa Pura Obsessão.

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Boa leitura.

Alfredo. 📌
Terça-feira, 14 de Outubro.

Minha vida mudou completamente nesses últimos meses, me sinto confuso e repleto de problemas e dificuldades. Não sei o que fazer da minha vida e em como mudar ela para melhor.

Desde que fiz aquela merda com a Melissa, eu não venho tento paz, sempre acabo relembrando das coisas que fiz e das coisas que falei.

A minha maior vontade é de pedir desculpa e tentar reconquistar ela, mas sei que isso não vai acontecer, já que ela deve me odiar desde daquele dia.

Tentei seguir em frente sem ter vontade de lembrar dos nossos momentos e de como eu era feliz com ela. Mas isso não sai da minha cabeça, e pra tentar esquecer isso eu acabei fazendo tudo aquilo que eu odiava.

Entrei no mundo das drogas e bebidas. Sem ter um dia de descanso, sempre que saio do trabalho vou direto para o meu escritório e fico lá por horas e horas, fumando e bebendo.

Toda semana é uma mulher diferente ao meu lado. Faço isso na tentativa de encontrar uma garota igual a Melissa, mas sei que isso é atoa.

Me afastei da minha família quando percebi que todos eles estavam contra mim, porém eu não os julgo, sei que o errado fui eu.

Também sei que meus irmãos estão esperando apenas o momento certo pra me corrigir, estranho o fato disso ainda não ter acontecido. Já conclui que talvez eles tenham esquecido isso, se bem que eu conheço eles o suficiente pra saber que eles estão planejando algo.

Quando vi a Melissa junto com o meu irmão, Augusto, senti meu coração apertado e minha cabeça revirou por completo. Achei que nunca fosse me sentir assim, mas não contava com um namoro dos dois.

No dia que fui sem ser convidado para o "aniversário" da minha sobrinha, a minha mãe conversou comigo e me explicou a situação e em como eu estava encrencado.

Entendi tudo e resolvi não interferir mais em nada, irei ficar no meu canto sem incomodar ninguém.

Dentro da distração acabei me assustando vendo a porta do meu escritório ser aberta com brutalidade.

Os meus pais passam por ela igual um foguete.

—— Aconteceu alguma coisa?

Pergunto ao me levantar da cadeira.

Eles me analisam e continuam em silêncio. Estranho essa forma de agir deles.

—— Viemos conversar com você. —— o Breno diz sentando na cadeira a minha frente.

—— Melhor, nós viemos avisar a você sobre uma decisão nossa. —— dessa vez é o Nicolas que diz.

—— Podem falar. —— me sento na cadeira novamente. —— Espero que não seja nada grave.

—— Eu vou direto ao assunto, a empresa na qual você está assumindo será entregue ao meu filho, Júnior. —— o Jacob diz com calmaria.

Fico paralisado sem conseguir falar nada. Os encaro esperando mais algum esclarecimento ou algo do tipo.

—— Desculpe filho, mas nós estamos vendo que você não está em condições certas para continuar.