A Nossa Pura Obsessão.

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Boa leitura.

Alfredo.📌
Quinta-feira, 03 de Julho.

Estou atordoado procurando pela minha garota, já vasculhei toda a praia e nada dela, se passavam do meio dia e eu não sei por onde ela anda. Tenho medo de que algo ruim tenha acontecido.

Em meio a areia, sozinho e preocupado me sento e enterro meu rosto em minhas mãos.

—— Onde você está, minha Mel? —— me pergunto baixinho.

Sinto uma dor em meu peito e o ar me falta, penso na possibilidade de perder ela e isso me dói e me destrói por dentro.

Meus sentimentos por ela cresceram a cada dia, todos os dias que passei com ela fizeram meu coração se abrir mais. Sei que não é amor, mas não está longe de se tornar.

Eu tinha preparado inúmeras coisas para nós dois, mas sem ela aqui nada acontece.

Droga! Porque eu fui atender a ligação do meu irmão? Se eu não tivesse atendido com certeza ela estaria aqui do meu lado.

Analiso bem, na ligação eu falei sobre a aposta, a maldita aposta.

Calma ai, ela deve ter ouvido.

Porra...

Ela ouviu a minha conversa com o Alberto, eu tenho certeza! Merda, foi por isso que ela sumiu.

Levanto do chão em fração de milésimos e corro para casa. Preciso ir atrás dela o mais rápido que posso. E eu sei bem onde ela está, ou melhor, com quem ela está.

Pego a chave do meu carro e ando rápido até a garagem, entro e dou a partida correndo até a área onde meu jatinho fica.

...

Meu pensamento está em chegar em casa e procurar pelo Augusto, eu tenho certeza que ele está com ela.

Não sou burro a ponto de não saber que ele lhe deu um cartão, caso precisasse de algo. Eu tenho meus seguranças para isso, para me informar qualquer coisa.

Olho o relógio impaciente, já eram quatro e dois da tarde e ainda tenho um percurso de duas horas até a minha casa.

Mas, rapidamente eu chego na cidade mais próxima e já me encaminho afim de chegar rápido.

Depois de uma hora e meia eu chego em casa, assim que estaciono vejo algo diferente, o carro do papai Jacob estava estacionado em frente a casa.

Passo pela porta e vejo meu irmão, Alberto sentado no sofá de cabeça baixa e meus pais, Breno e Jacob sentados na frente dele.

Paro no meio da sala tentando entender o que está acontecendo.

—— Sente-se, Alfredo. —— me assusto ao ouvir a voz de mamãe perto de mim.

—— O que está acontecendo? —— perguntei ignorando o pedido dela.

—— Obedeça a sua mãe! —— o papai Breno praticamente gritou comigo.

Me senti mal pela forma como ele acabou de falar comigo. Sentei ao lado do Alberto.

Ele se mantia calado, uma parte de seu rosto estava vermelha, era como se ele tivesse levado um tapa.