A Nossa Pura Obsessão.

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Boa leitura.

Melissa.📌
Sexta-feira, 02 de Agosto.

Passei uma semana longe do Alfredo, com saudades, com preocupação e com medo.

Esperei todas as noites no sofá da sala acordada olhando para a porta, mas ele nunca chegava. E quando chegou eu desejei com todas as minhas forças que ele sumisse da minha frente.

Não acreditei quando ele me bateu, fiquei machucada não pela agressão mais sim pelas palavras e por sua ação.

Achei que ele me amasse ou pelo menos gostasse de mim, só que isso não era verdade. Vivi um relacionamento de pura ilusão, e no final acabei machucada.

Confiei nele e deixei que me tocasse como quisesse, permite me abrir para ele e isso não deu em nada.

Ele me traiu... E ainda levou ela para a mesma casa em que eu estou. Ouvi praticamente tudo o que os dois estavam fazendo no escritório, cada gemido que ela soltava era como uma facada no meu coração. O pior de tudo, ele me deixo no lado de fora em baixo de uma chuva intensa.

Eu não quero ficar aqui, decido sair caminhando até o meio da floresta, cada vez que piso no chão os meus pés doem porque estou descalça.

Paro no meio da trilha e vejo uma pedra colada em uma árvore, me sento nela e abraço minhas pernas tentando amenizar o frio que sinto. Meu queixo treme e sinto todo o meu corpo tremer junto.

O frio me causa dor e isso se junta com minha tristeza e não me contenho e choro cada vez mais. Me odeio por chorar por alguém que não merece meu choro.

Fecho meus olhos com força, a chuva não molhava tanto aqui onde eu estou, porém ainda sinto as gotas caírem sobre mim.

Irei esperar o dia amanhecer e só assim poder voltar.

...
Sábado, 03 de Agosto.

Acordo sentindo mãos agarrarem minha cintura, abro os olhos rápido e tento me afastar.

—— Ei... calma, sou eu. —— a voz suave do Júnior me faz relaxar. —— Eu vou te levar para a casa do meu pai.

Não tenho forças para contrariar ele então apenas deixo que ele me leve. Me aconchego mais nele o abraçando com força.

—— Júnior, o que aconteceu? —— pelo tom de voz acredito ser o Alberto.

—— Eu não sei, eu a encontrei assim sentada perto de uma árvore.

Em nem um momento ouso abrir meus olhos, não quero falar com ninguém, não agora.

—— Droga! Vamos.

Os passos do Júnior começaram a ficar mais rápidos e depois de alguns minutos ele para. Abro um olho e vejo que chegamos na casa do Jacob.

—— Meu Deus, o que aconteceu? —— a voz preocupada da Valentina soou.

—— O Júnior encontrou ela na floresta.

—— Eu vou levar ela para o meu quarto. —— o Júnior diz.

Abro os meus olhos vendo ele subir as escadas e logo abrir a porta de seu quarto.