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Alfredo.📌

Sexta-feira, 21 de Junho.

Por ser o primeiro a nascer dos trigêmeos a responsabilidade da empresa fica por minha conta, e isso as vezes é cansativo. E é claro meu perfil comparado ao dos meus irmãos é mais adequado.

O Alberto é igual o papai Breno, alcoólatra, do pescoço aos pés de tatuagem, seu porte físico é bem maior que o meu. Eu posso até dizer que as vezes da um certo medo dele.

Já o Augusto é mais explosivo, da mesma forma que o papai Jacob, mandão, chato, quase insuportável e não tem paciência para negócios.

No final sobre apenas eu, definitivamente eu sou a cópia de personalidade do papai Nicolas, calmo, formal, bem determinado e bem paciente quando o assunto é negócios.

Odeio coisas fúteis, tipo, bebidas, drogas, festas, boates e principalmente prostitutas, pra mim mulheres que vendem seus corpos não são mulheres de verdade.

Tem apenas uma mulher na face da terra em que eu poderia me envolver, mais infelizmente ela é a única que aparentemente eu não posso ter. Ela trabalha no El-café e tem uma beleza indescritível, um ar de pureza que apenas ela tem, os seus lindos olhos castanhos me fazem sentir borboletas no estômago, sua pele parda é linda e brilhante. Sempre que ela me da um sorriso me perco em suas covinhas.

Estou esperando impaciente para ser atendido, de preferência pela bela garçonete que é o meu único motivo de frequentar esse lugar.

Venho aqui todos os dias a mais de um ano, apenas para ver a doce garota que me atende sempre.

Logo após vários minutos vejo ela surgir no salão, e assim que me ver vem até a minha mesa.

—— Boa tarde senhor, o que deseja? —— perguntou baixando o olhar para o bloco de anotações.

Olho o cardápio já sabendo o que eu iria pedir.

—— O de sempre. —— falei com a voz grave e vi ela se arrepiar.

Não tiro os olhos dele nem por um segundo.

—— Em poucos minutos eu trago o seu pedido. —— saiu sem olhar para trás.

Por volta de uns três minutos depois ela volta com o suco de morango e um pedaço de torta.

Não tinha mais ninguém aqui, além de nós dois. Eu observei ela de perto e vi algo estranho, nunca vi ela usando maquiagem.

—— Bom apetite senhor. —— assim que ela me deu as costas a chamei.

—— Ei? Espere um pouco. —— ela virou, e me olhou. —— Qual é o seu nome?. —— levei um pedaço da torta até a minha boca.

—— Melissa. —— falou e percebi ela um pouco envergonhada.

—— Prazer Melissa, Alfredo. —— estendi minha mão para um comprimento.

Ela pareceu pensar um pouco, mais logo pega em minha mão dando um leve aperto, vi suas bochechas corarem e dei um leve sorriso. Mais ela logo soltou minha mão e saiu praticamente correndo de perto de mim.

Voltei a comer, e assim que olho para a janela ao meu lado vejo que começou a chover, um grande estrondo e ouvido e a chuva cai mais intensamente.

A Nossa Pura Obsessão.Onde histórias criam vida. Descubra agora