Capítulo 37

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Ana Beatriz

Pisquei os olhos algumas vezes, olhei em volta e reconheci que estava em um quarto de hospital.

Maria: Meu amor, que bom que você acordou... - falou entre o choro.

Ana: O que? como? O que aconteceu? - perguntei confusa.

Maria: Meu amor, você levou um tiro, um menino atirou em você. - falou e logo a Agatha entrou na sala.

Agatha: Graças a Deus que você acordou, Ana - falou e se aproximou de mim verificando as medicações que estavam na minha veia.

Ana: Agatha, o que aconteceu com o garoto? Ele estava muito assustado. - falei lembrando do olhar que ele me deu.

Olhei para Agatha que me olhou de um jeito triste, ela se aproximou de mim e pegou a minha mão

Agatha: Eu não sei ainda, depois que tudo aconteceu os vapores te encontraram e passaram o rádio pra o Pedro. Foi uma loucura no morro, o Alemão colocou todos os vapores pra buscarem o menino e há pouco tempo o encontraram. - falou calma e devagar.

Ana: Mas ele não fez por que quis, Agatha, liga pra o seu Marido, não deixa ele fazer nada com o garoto. - supliquei com os olhos cheios de lágrimas.

Agatha: Ana, eles não vão matar o garoto, ele ainda é uma criança, mas acredito que ele também não ficará impune, ele deve ser expulso do morro junto com a família. - falou de um jeito triste.

Ana: Agatha, mas ouvi um tiro, dentro da casa de onde ele saiu, você precisa ir lá, manda alguém ir, não sei o que aconteceu, mas o garoto estava com medo, ele só atirou em mim porque achou que eu iria gritar ou entregar ele. Eu estava bem próxima da casa da minha mãe, foi na penúltima viela, aquela próxima da padaria.- falei eufórica.

Agatha mal terminou de me ouvir e saiu correndo da sala.

Passei o restante da noite aflita. Ninguém apareceu pra trazer nenhuma notícia sobre o garoto, ficou apenas eu e minha mãe. Ela tentava me animar falando de diversos assuntos, mas na minha cabeça só vinha a imagem do garoto cheio de sangue com o olhar aterrorizante.

Ouvi um barulho e olhei pra a porta, Pedro Henrique está lá, com um boné enterrado no rosto e uma expressão de dar medo em qualquer um. Minha mãe disse que iria buscar café pra nós deixar a sós.

Ele se aproximou de mim e se sentou ao meu lado, em silêncio pegou minha mão e apoiou o rosto nela.

Leão: Me desculpa.- falou baixinho.

Apenas fiquei calada. As palavras e a forma com que ele me tratou ainda estavam vívidos na minha memória.

Ele me olhou e começou a falar...

Leão: Se tu quer seguir a tua vida tu pode ir em paz, na moral mermo, te desejo o melhor, mas se tu gosta de mim eu posso tentar de novo, se ligou? Tentar fazer dar certo, nada de outras minas, só eu e tu. Eu quero tentar essa parada mermo. Fiquei com medo de te perder quando vi tu naquele chão. Bora fechar comigo? - me perguntou.

Ana: Eu não vou decidir nada assim, não quero palavras, quero atitudes suas, quero que você me mostre que não é esse tipo de pessoa que eu conheci. - falei triste.

Leão: Eu vou dá o meu máximo, tô fechadão contigo, tu vai ver, o meu proceder daqui pra frente é só progresso pra nós. - falou sério e deu beijo a minha mão.

Ana: O que aconteceu com o garoto? - perguntei e vi o rosto do Pedro se transformar.

Ele ficou calado. Não me respondeu e eu insisti.

Ana: O que aconteceu com ele Pedro? - perguntei com a voz trêmula.

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Bim dia princisi pir favor senti ni glick😅

Tem capítulo novo!

Estou com vários capítulos prontos, garanto pra vocês que a reviravolta vai surpreender muita gente.

Assim que completar 60 eu posto outro!

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LEÃO (2° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora