Capítulo 5

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Assim que fui liberada recebi as minhas bolsas de volta e um guarda nos guiou por os infinitos corredores.

Em alguns corredores algumas mulheres acompanham um grupo e no fim fiquei sozinha, pois eu era a única, daquele grupo a fazer a visita para um detento que estava em segurança máxima.

Assim que o guarda abriu uma cela isolada de todas ele mandou eu entrar, dei um passo pra dentro e dei de cara com o Pedro Henrique.

Ele estava bem diferente da última vez o que o vi. O corpo estava com mais músculos, mas a cara dele estava pior que nunca. Ele movia aqueles olhos escuros na minha direção e eu fiquei quietinha.

Ele caminhou até mim calado, pegou as bolsas e colocou em um balcão. Em seguida, olhou a parte de dentro delas.

Leão: Qual foi dessa paradas aqui? Quem fez esse bagulho? porque nunca recebi essas parada aqui não. - falou todo desconfiado pra mim.

Ana: Eu fiz, sei lá, pensei que você ia gostar- falei com um sorriso tímido.

Ele me olhou daquele jeito sério e começou a andar na minha direção. O olhar dele era assustador e eu fiquei sem reação buscando entender o porquê dele me olhar assim. Involuntariamente, dei um passo pra trás.

Leão: O Mano laranjinha me passou a fita que tu tava querendo fazer a visita. Quero saber o porquê, bora fala logo, qual é a fita? - perguntou me olhando.

Ana: Eu tô precisando da grana. - menti.

Leão: Eu já mandei puxar a tua ficha todinha, se eu souber que tu tá de caô pra mim, tu tá fodida na minha mão. - me ameaçou.

Eu não podia dizer a verdade, não podia falar que eu era apaixonada por ele, pois ele certamente acharia que eu era louca.

Ana: Pode acredita em mim, tô falando a verdade- falei séria olhando pra ele.

Ele se aproximou ainda mais de mim, a minha pele arrepiou na hora. Era tão estranho falar com ele. Passei a vida toda passando despercebida e a cada momento que eu o vi olhando diretamente para os meus olhos eu me sentia tão bem.

Ele se aproximou de mim, olhando de forma séria e sem desviar, assim que chegou perto de mim trouxe a sua mão em direção ao meu pescoço. Quando os seus dedos tocaram a minha pele senti o mundo paralisar.

Ele aproximou a boca do meu pescoço e eu virei a cabeça para o outro lado facilitando o seu acesso. O meu corpo estava em chamas por ele.

Quando a sua boca encontrou a minha pele a minha respiração descompensou. Ele tocava o meu corpo com força, mas nada que me machucasse, pelo contrário. Era como se ele quisesse mais de mim.

Me deixei ser guiada pelas suas mãos, pela sua boca e pelo o seu toque, me entreguei para ele por completa, naquele momento percebi que tudo que fiz valeu a pena, percebi que nos seus braços era o meu lugar.

Me entreguei e fiz questão de ficar a todo instante com os olhos abertos, eu queria decoração cada gesto e toque, era a primeira vez que faríamos amor.

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Boa noite meninas!

+ um cap. Pra vocês!

LEÃO (2° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora