Capítulo 18

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Ana Beatriz

Cheguei no morro um pouco depois do horário que Pedro havia me dito e assim que passei pela barreira eu vi quando o vapor que havia me parado mais cedo mandou um áudio avisando que eu tinha acabado de entrar.

Minha mãe também percebeu, mas não fez nenhum comentário sobre isso, apenas me olhou com aquela cara de tristeza e eu dei um sorriso de lado pra ela.

Cheguei em casa, tomei um banho e me arrumei, nada muito chique não, mas fiquei arrumadinha. Hoje era dia de baile aqui no morro, mas pelo o que eu tinha percebido Pedro Henrique iria preferir ficar comigo e só em pensar nisso eu ficava tão feliz.

Um vapor me levou até Pedro, fiquei sabendo que ele tinha uma casa no morro quando o vapor parou em uma casa bem mais bonita, diferente do barraco da outra vez.

Assim que entrei notei que ele tava na sala, a casa era bem bonita e automaticamente me imaginei morando ali, dividindo a minha vida com ele.

Eu o amava desde a primeira vez que o vi, sei que parece loucura, mas só quem já amou vai entender o que eu sinto.

Pedro: Oi, vem cá, vem. - falou com um tom carinhoso e eu segui em direção direção ele que tava deitado no sofá.

Assim que me aproximei dele e deitei ali ele tocou no meu rosto fazendo um carinho. Passei a perna em volta do corpo dele fechei os olhos, era tão bom ter o seu corpo no meu.

Ana: Você me faz tão bem... - falei olhando nos seus olhos.

Ele me encarou e ficou calado mas pouco tempo depois me disse:

Pedro: Vamo dar um pião pelo morro? Comer alguma parada? - sugeriu.

Ana: vamos. - falei e levantei.

Ele pegou uma camisa que tava jogada no sofá e vestiu. Tirou o carro da garagem e eu entrei no banco da frente. Pouco tempo depois chegamos em uma lanchonete aqui no morro e assim que descemos em pegou na minha mão e andamos de mãos dadas até um mesa.

O mundo parou de girar pra mim, as pessoas me olhavam e mostravam surpresa quando viam que Pedro andava com alguém dessa forma. Eu me sentia tão feliz em vê-lo demonstrar sentimentos, principalmente estando tão próximo de mim.

Andamos até uma das mesas e fizemos os nossos pedidos, essa lanchonete era bem conhecida, mas como hoje era dia de baile as ruas estavam bem vazias.

Ana: Como tem sido a sensação de estar de volta? - falei tentando puxar assunto. Ele me olhou desconfiado.

Leão: Suave. - apenas respondeu.

Ana: Eu fiquei muito feliz quando soube que você estava de volta. - falei sorrindo.

Leão: Tava pilhado lá dentro. Mas agora que eu saí vou poder resolver uma paradas que ficaram pendentes. - falou pra mim com a voz bem sinistra.

Ana: A sua mãe me procurou, alguns dias antes de você sair. - falei baixinho e ele já me olhou com aquela cara fechada de sempre.

Leão: Eu tô ligado, já me passaram essa fita. Mas tu tem que entender que esse bagulho que nós tá tendo não é e nem vai ser a parada que tu quer não. - falou sincero olhando nos meus olhos e o meu coração errou uma batida.

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Ele não tá escondendo quem ele é e ela tá aceitando tudo. Ana, reageeeeeee!

LEÃO (2° Temporada da Trilogia: Realidade da Favela)Onde histórias criam vida. Descubra agora