017.

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(ATENÇÃO🚨: Esse capítulo contém cenas que não devem ser normalizadas em contextos fora da ficção. Caso se sinta desconfortável, fique a vontade pra pular. )

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𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑Í𝐎𝐒

Nunca dormi tão bem como hoje, com a mente tranquila e sabendo que Ayla está bem perto do meu alcance. A noite de ontem foi intensa e eu não queria chegar nesse extremismo todo.

Entro abro a porta do quarto dela devagar, sem intenção alguma de acordar-lá. Não assim.

A cena que se segue na minha frente é quase de um filme. De terror? Suspense? Ação? Pra maiores de dezoito? Não consigo responder, só sei que é satisfatório está aqui. Assistindo.

Ela está na cama, um pequeno monte encolhido e vulnerável. Seus braços e pernas estão presos com abraçadeiras, e a Silver Tape cobre sua boca, silenciando qualquer tentativa de comunicação. Me aproximo, curioso para inspecionar melhor os pulsos machucados, evidências claras de sua luta para se libertar.

O rosto dela está voltado para o lado, permitindo-me ver claramente os detalhes marcados pela tensão e pelo medo. Há uma mistura de emoções que se entrelaçam na expressão dela, onde o terror se encontra com um tipo de resignação que me prende de uma maneira que eu não esperava.

A pele dela, pálida sob a luz fraca do ambiente, contrasta fortemente com as marcas vermelhas e os pequenos hematomas que adornam seu pescoço e seus pulsos, testemunhas das tentativas frenéticas de se libertar das amarras que a prendem. A fita adesiva colada sobre sua boca molda-se aos seus lábios, selando qualquer grito ou súplica que ela pudesse tentar expressar, adicionando uma camada cruel de silêncio à sua já vulnerável situação.

Observo cada detalhe, cada pequeno sinal de luta e resistência, e sinto uma onda estranha de apreço por essa demonstração de força, mesmo sabendo que ela está completamente à minha mercê.

Essa estranha sensação de satisfação faz com que meu coração dê um salto, acelerando antes de cair numa batida mais profunda e inquieta. É uma mistura complexa de emoções, uma espécie de adrenalina perversa que flui por minhas veias, trazendo consigo várias sensações que me confundem tanto quanto me fascinam.

Tento focar no que eu vim fazer aqui mesmo estando quente, com o meu pau pulsando contra a cueca, e o fato dela está nua, só piora tudo. Minha mente é suja. E eu penso em coisas que não deveria.

Vou andando até a janela e abro a cortina em um movimento brusco, o clarão entra no quarto e Ayla se mexe na cama soltando um gemido de dor.

– Bom dia, doutora. — minha voz saí suave, tentando tranquiliza-lá.

Ela abre os olhos lentamente, a confusão evidente em seu olhar. Ayla tenta se mexer, mas a dor nos pulsos e tornozelos a faz gemer novamente.

– Acho melhor você ficar quietinha. — sorrio com os lábios arrastando uma cadeira do meu alcance e colocando em frente a cama. – Vamos conseguir conversar sem você querer ligar pro seu "chefe"?

Ayla não me responde. Sei que está com a fita na boca, mas ela podia simplesmente assentir com a cabeça.

– Não vai me responder!? — me escoro na cadeira. – Tudo bem então, posso ficar aqui o dia inteiro te olhando assim.

A situação é tensa, mas não consigo deixar de ficar curioso com o que ela tá pensando. Ela se ajeita na cama, suando e ofegante, e me olha de um jeito que não sei ler direito. Parece uma mistura de confusão, medo, e quem sabe, mais um monte de coisa que eu nem imagino. Fico me perguntando o que passa na cabeça dela enquanto ela me encara, meio perdida, meio desafiadora. É complicado, mas ao mesmo tempo, dá uma agitada no ar entre a gente.

𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐈𝐋𝐄𝐆𝐀𝐋. - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑Í𝐎𝐒.Onde histórias criam vida. Descubra agora