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𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑Í𝐎𝐒

– Tá fugindo de quem? — Ayla me pergunta assim que abre a porta.

– De você que não é.

Ela dá aquele sorriso meio cínico, o tipo que ela sabe que me tira do sério, e fecha a porta atrás de mim com um clique suave.

– Sério agora, tá fugindo de quê? — ela cruza os braços, encostada na parede ao lado da entrada. A luz do corredor desenha sombras nas curvas do seu rosto, tornando-a ainda mais intrigante.

– De tudo... — admito, jogando o capuz para trás e passando as mãos pelo cabelo. – Ou só de mim mesmo.

Ela não diz nada, apenas me observa com aquele olhar que sempre parece saber mais do que deveria. Ayla tem esse dom, de fazer você sentir como se ela pudesse ver direto através de você.

– Quer falar sobre isso? — ela pergunta eventualmente, quebrando o silêncio entre nós com sua voz suave, porém firme.

Eu hesito. Falar sobre meus problemas nunca foi meu forte, especialmente pra alguém que consegue desvendar minhas verdades antes mesmo de eu dizê-las. Mas, ao mesmo tempo, há algo em Ayla que faz você querer abrir tudo...

– Talvez mais tarde. — eu respondo, sabendo que ela vai aceitar isso, ela sempre aceita. – A gente tem coisa mais interessante pra fazer, não!?

Me aproximo dela, analisando mais de perto sua roupa. Meu olhar percorre sobre o hobby de cetim que ela usa, a forma como o tecido leve abraça suavemente suas curvas e dá vislumbres da lingerie preta transparente por baixo. Ayla dá um meio sorriso, claramente satisfeita com o efeito que está causando. Ela faz uma volta lenta, permitindo-me apreciar completamente a visão.

– Então... — anda de ré, não deixando o olhar escapar do meu. – Pela primeira vez você falou algo que presta.

Com alguns passos longos o suficiente para alcança-lá, envolvo meus braços na cintura de Ayla, puxando ela pra mais perto.

– Você sabe que eu sempre digo coisas que prestam, só precisa prestar mais atenção. —digo, a brincadeira leve em minha voz.

A proximidade dela faz meu coração bater mais forte. Ayla descansa as mãos nos meus ombros, a tensão entre nós oscilando entre provocação e excitação. Eu inclino a cabeça, diminuindo ainda mais a distância entre nossos lábios, nossas respirações se misturam. Minha mão desce pela base do hobby de cetim até alcançar o meio de suas pernas, meus dedos esquentam só de aproximar da região.

– E você, sempre tão pronta... – murmuro, com os olhos fixos nos dela. O perfume dela me envolve, quase nublando meus pensamentos.

– Sempre. — ela responde, a voz baixa e sedutora. Então, com um movimento rápido e suave, ela escapa do meu abraço, dando um passo para trás. – Mas, hoje vai ser diferente. — o braço dela envolve o meu e ela praticamente me força andar até o sofá. – Eu tô no comando.

A surpresa me arranca uma risada quando Ayla me joga no sofá com um empurrãozinho. Ela se encaixa entre minhas pernas, segura meus ombros com firmeza, e o sorriso travesso que ela carrega nos lábios diz que eu estou prestes a encarar uma noite daquelas.

– No comando, é? — provoco, erguendo a sombrancelha enquanto me acomodo no sofá. A adrenalina me dá leves arrepios pelo corpo.

Ela inclina o rosto, ficando a centímetros dos meus lábios.

– Sim, hoje você vai ver como é bom ser levado ao limite. — a voz dela sai baixa, carregada de uma provocação que me deixa maluco.

A mão brinca com o botão do meu jeans, mas sem pressa, como se cada segundo antes de desabotoá-lo fosse um outro tipo de tortura. A tensão no ar está pesada, quente.

𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐈𝐋𝐄𝐆𝐀𝐋. - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑Í𝐎𝐒.Onde histórias criam vida. Descubra agora