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𝐀𝐘𝐋𝐀 𝐌𝐎𝐍𝐓𝐄𝐍𝐄𝐆𝐑𝐎

CT|Mesmo dia

– Ai ai, levanta minha perna aqui, Ayla. — Endrick praticamente me grita quando cai no chão do campinho.

– O que foi? Tá sentindo dor? — pergunto em tom de preocupação enquanto levanto as pernas dele pra cima.

– Não, não... — nega com a cabeça. – É só cãimbra.

– Sentindo cãimbra com treino? — arqueo as sombrancelhas.

– Qual foi Ayla, acabei de voltar da seleção. — a cara de indignação dele me faz rir pelo nariz. – Eu que trouxe alegria de volta pra essa nação.

– Humilde! — debocho, assentindo com a cabeça várias vezes.

– Oxê, mas eu falei com humildade.

– Ah, claro. — solto as pernas dele devagar. – Senta ali, vou buscar um gelo pra você.

– Não precisa, já tô melhor. — levanta do chão segurando minhas duas mãos. – Deixa eu te perguntar...

– Lá vem! — bufo e viro de costas, mas ele vêm atrás.

– Você tá solteira?

– Como é que é? — olha pra trás com a testa franzida. – Escuta aqui seu de menor, eu sei que você tem namorada viu!? Se liga.

– Calma fia, oxê oxê. — levanta às mãos em rendição. – Eu só tô querendo que todo mundo do elenco se arranje. Quero fazer rolê de casal com geral, saca!?

– Hum... E o que eu tenho com isso?

– Oloco Aylão, cê tá muito na defensiva. — reviro os olhos. – Quando é assim, é porque já tá de rolo com alguém.

– Oi?

– Fala pra mim com quem. — cruza os braços. – É o Piquerez? Porque esse cara é igual talher, não pode ver ninguém dando sopa que ele já vai comer até de garfo.

– Não! — franzi o cenho. – Que Piquerez o que.

– Te peguei! — bate palma em frente ao meu rosto e isso me assusta. – Você disse que não é o Piquerez, mas não negou que esteja pegando alguém.

Porra, não é possível. Que garoteada eu dei agora, nem parece que eu sou policial... Pera aí, mas essa é a intenção né!? Não parecer que sou uma policial. Então tecnicamente, está funcionando.

Solto uma gargalhada do meu próprio pensamento e Endrick franze a testa.

– Qual é a graça? — Endrick me olha, claramente confuso com minha súbita mudança de humor.

– Nada, nada. Só pensei em algo engraçado. — dou de ombros, ainda rindo.

– Sei... — ele ainda parece desconfiado, mas decide deixar pra lá. – Mas então, sério, você tá ou não com alguém?

– Porque você está tão interessado na minha vida amorosa hein!? — arqueo uma sombrancelha e cruzo os braços.

– Olha só Aylão... — ele envolve o braço pesado ao redor do meu pescoço. – Eu reparei que você anda muito na sua, isso quando não some... — entramos no vestiário onde estão alguns jogadores. – Até comentei com o Veiga.

– Comentou o que comigo? — o jogador me olha enquanto estica a mão até o armário e puxa uma blusa branca.

– Tu não lembra não príncipe!? — o de menor cruza os braços. – Aquele dia que você tava stalkeando ela e a gente reparou que quase não tem nada no perfil.

𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐈𝐋𝐄𝐆𝐀𝐋. - 𝐑𝐈𝐂𝐇𝐀𝐑𝐃 𝐑Í𝐎𝐒.Onde histórias criam vida. Descubra agora