Capítulo 10

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Jaime Beaumont

Acordo antes mesmo do despertador tocar, me levanto e vou tomar banho, como de costume, meu banho é na água gelada. De início, para me adaptar, foi difícil, mas agora acho ótimo um banho gelado, principalmente porque meu corpo desperta mais rápido. Saio do banho, a Rebeca continua dormindo, me visto e desço para tomar café.

Jaime - Bom dia, dona Rosa! (Falo beijando-a ternamente na cabeça)

Rosa- Bom dia, jaiminho!

Jaime - Rosinha, não me chama assim, se alguém escutar, eu pego a minha credibilidade. (Falo sorrindo, pós a rosinha me conhece desde a adolescência)

Quando minha mãe morreu, meu pai não ficou nem seis meses de luto e logo se casou com a Soraia, o que me deixou puto da vida, como ele pode fazer isso com a minha mãe? Ele não tinha esse direito. Teve um dia que brigamos feio, acusei o meu pai de ele já ter um caso coma Soraia enquanto a minha mãe estava viva, ele não gostou e me bateu, mesmo a Soraia tentando me proteger, sai de casa, com a intenção de nunca mais voltar, fiquei vagando por toda São Paulo, para ver se minha raiva diminui a minha raiva, quando encontrei a Rosa, ela vendia pastel na Avenida Aricanduva, entre um sinal fechado e outro, nesse mesmo dia ela foi atropelada por um filho da puta, que fugiu sem presta o devido socorro a ela.

Corri na sua direção e chamei rapidamente a Samu. Por sorte ela não se machucou muito, teve apenas uns arranhões e uma torção na mão, assim que a Samu chegou, acompanhei ela ate o hospital, depois dela ser examinada, e liberada, perguntei onde morava, ela de início não quis aceitar, pois morava um pouco longe, entretanto a convenci, dizendo que não me importaria em levá-la, a Rosa me deu um sorriso gentil e me agradeceu grandemente. Assim que chegamos à sua casa, ela me convida para um café, de início não quis aceitar, mas ela foi bem convincente, que acabei aceitando, entramos e percebo que ela é bem humilde, sua casa é de apenas dois cômodos, uma sala que é quarto, cozinha e o segundo cômodo é o banheiro.

Enquanto ela prepara o café, pergunta algumas coisas sobre mim, respondo por alto, porém, não sei o que aconteceu que acabei desabafando sobre o que estava passando, ela me olha seria, sentando em uma cadeira próxima à minha e com um sorriso gentil, me dar alguns conselhos o que me deixa feliz, tomo o café que, estava uma delícia, me despeço dela e volto para casa. Ao entrar pela porta, sou recebido com um abraço apertado da Soraia, ela está aos prantos, e me pede desculpa por tudo, e diz que, se eu quiser, ela vai embora de vez. Saber que a Soraia está disposta a ir embora por minha causa me deixa mal, no fundo, sei que ela não é uma má pessoa, então retribuo o seu abraço e a peço para ela ficar com a gente. No final, ficamos bem, e eu pedi para o meu pai contratar a Rosa, e foi assim que ela veio trabalhar conosco, e depois que me formei, ela decidiu vir morar comigo.

Rosa- Jaiminho, está aqui o seu café forte e sem açúcar, e seu bolo de cenoura e chocolate.

Jaime - Obrigada, Rosinha, você me conhece como ninguém.

Rosa - Até demais da conta, é por isso que vou falar, mesmo que você fique chateado.

Jaime - Eu nunca me chateio com você, dona Rosa, pode falar o que quiser, na verdade, até já sei do que se trata.

Rosa - Filho, me desculpe a intromissão, mas por que você continua com a girafona? Da para ver que você não sente nada por ela, se sentisse, não vivia saindo com outras mulheres.

Jaime- Girafona? Essa é nova. (Falo caindo na gargalhada, só rosinha para arrumar apelido para as mulheres que saio)

Rosa- Meu querido, se falo isso é porque te conheço e sei o quanto você é um rapaz carinhoso, dedicado, de um coração imenso, merece uma mulher que saiba apreciar esse seu lado, por isso desejo que você encontre logo essa mulher, que se casem e construam uma linda família, e que te faça parar de ser galinha.

UM MÉDICO CEO EM MINHA VIDA.Onde histórias criam vida. Descubra agora