Mayara Campebell
Sabe quando você não tem mais motivos para viver, essa sou eu, uma mulher de vinte e oito anos, mãe, casada, mas sem nenhum sentido na vida, porém acredito que essa fase ruim é tudo culpa minha.
É a milésima vez que passo por essa ponte e uma voz sempre me diz para pular, sei que tenho um filho, um lindo filho de oito anos, entretanto essa vida que estou vivendo já não me traz mais nada, a não ser sofrimento, decepção e noites em claros chorando, por ser uma mulher fracassada, um lixo humano, sei que tem pessoas em sofrimentos piores, lutando pela vida, mas essas pessoas são fortes, e eu já não tenho mais forças para continuar, pois não tenho nenhum propósito, o que ainda me faz acorda e sair para trabalhar é o meu filho, porém acredito que ele seria bem melhor se não me tivesse mais em sua vida, se ele não tivesse uma mãe inútil, que só sabe decepcionar quem ama, mesmo querendo e fazendo de tudo para agradar.
Sabe, nunca tive uma vida perfeita, ela sempre foi cheia de problemas, e foi em um desses, que ela piorou tragicamente, eu simplesmente acabei com tudo, com tudo mesmo, devido uma escolha errada, em um momento de fraqueza, não devia ter feito o que fiz.
Sempre fui muito sentimental, sempre busquei por atenção, amor, cuidado e segurança, tipo aqueles amores que você só encontrar nas séries turcas, e por falta de algo parecido em meu marido, acabei caindo na idiotice de conhecer outra pessoa e começar a conversar, essa pessoa me dava atenção, carinho, paciência com minhas conversas bobas, era algo que me fazia sentir bem, saber que tinha alguém com que podia conversar sobre tudo, desde assuntos importantes, a assuntos idiotas, nunca nos conhecemos pessoalmente, mas tínhamos boas conversas, ele era um amigo.
Falando assim até parece que deixei de amar o meu marido, mas não deixei, eu ainda o amo, acho que amo, já não sei mais o que sinto, só sei que devido essas conversas eu o perdi, ele descobriu tudo, até porque não apagava as mensagens, não sei porque eu não fazia isso, será que eu nunca as apaguei porque, no fundo, queria que ele visse, eu não sei o certo dessa merda que fiz.
Após ele vi todas as conversas, tudo desmoronou, e como não ia, já que estava fazendo algo errado, algo sujo, sabe, o meu marido só não me chamou de santa, mas de vagabunda, puta, foram os menores adjetivo que ele me deu, só não apanhei porque o nosso filho estava presente, porém ele não estava errado, eu, sim, estava errada, me comportei como uma mulher qualquer, não como uma mulher direta.
Foi uma briga horrível, eu pedi perdão, me ajoelhei aos seus pés chorando compulsivamente pedindo perdão, mas não o tive, estou tão arrependido por fazer isso, por ser fraca e cometer um errado monstruoso desses. Após esse dia minha vida nunca mais foi a mesma, estou sofrendo tanto, me sentindo suja, imunda, um lixo de ser humano, entretanto é o que plantei, que estou colhendo.
Já passou nove meses desse ocorrido e tudo ainda continua igual, ele me desprezando, me tratando mal, seu olhar é de puro ódio e nojo, o que só me deixa pior.
•••••••••
Mayara- Filho... Filho, acorda, já está na hora de ir para escola?
Anthony- Mãe, me deixa dormir mais um pouquinho?
Mayara- Não, meu amor, só falta trinta minutos, e você ainda tem que se vestir, escovar os dentes e tomar café, agora vamos levantar.
Anthony- Ughr... (Reclamar)
Mayara- Sua roupa está aqui.
Anthony- Tá.
Saio do seu quarto e vou para a cozinha, coloca a comida do Gustavo.
Mayara- Bom dia! (Falo assim que ele entra na cozinha)
Ela nada me responde, apenas se senta a mesa, esperando que eu coloque o seu café, após servi-lo, me sento e fico querendo falar novamente, mas tenho receio, até que falo:
Mayara- Gustavo, nós vamos ficar assim, por favor me perdoa, vamos tenta recomeçar?
Gustavo- Foi você que quis assim.
Mayara- Amor, por favor, tenta esquecer essa merda que fiz e vamos volta a ser como éramos?
Gustavo- NUNCA, se continuo aqui olhando para essa sua cara, é devido o meu filho, é graças a ele.(Fala bem alterado)
Tento segurar o choro, mas é inútil, as lágrimas começam a cair, sem que eu consiga segurar, no mesmo instante que o meu filho entra na cozinha, faço de tudo para que ele não perceba mais uma vez que estou chorando.
Anthony- Já está chorando de novo?
Mayara- Não, querido. (Falo, tentando disfarçar, porém, o Anthony, se aproximar e colocas sua mão no meu rosto)
Anthony- Está, sim.
Gustavo- Não sabe nem preservar o próprio filho. (Diz, baixinho)
Apenas olho para ele, que se levantar e sai para ir para o trabalho, o Anthony, apenas toma café bem rápido e para entrar no carro, e ir para escola.
Estou sozinha em casa, e o sentimento de vazio, é enorme, o que me faz chora mais e mais, como pude ser tão idiota e acabar com tudo, sempre soube que o Gustavo era um homem ignorante, que não acredita que homem para ser homem, pode ser romântico, carinhoso.
Hoje novamente eu não vou à academia, estou sem vontade, como tudo, então começo a arrumar a casa, e preparar o almoço, pós ainda preciso ir para o trabalho, sou vendedora de uma loja de roupa, acho que sou a única funcionária desprovida de beleza, e ultimamente estou bem pior, já que mal consigo dormir bem a noite, passo ela toda em claro, chorando e me martirizando por tudo que fiz.
(*****)
Anthony- Mãe, já cheguei. (Diz entrando e se jogando no sofá)
Mayara- Tire a roupa da escola e venha almoçar.
Anthony- Estou sem fome.
Nada respondo, pois fico olhando para o Gustavo que passa por mim, sem se quer me olhar, até parece que não existo, mas está tudo bem, ele está certo, não tiro sua razão.
Coloco o almoço e todos se sentam para comer, sabe aquele silêncio doloroso é esse que está agora, o que só piora é que não queria que o meu filho passasse por isso.
- SE NÃO QUERIA, NÃO DEVIA TER CONVERSADO COM OUTRA PESSOA. (Diz minha consciência)
Abaixo minha cabeça, pois sei que ela tem razão.
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UM MÉDICO CEO EM MINHA VIDA.
RomansaMayara Campebell, é uma mulher de 28 anos, sem auto estima, sem sonhos, que só vive inteiramente para o marido e o filho, porém uma escolha errada a fez o muda todo o seu destino. Jaime Beaumont, é uma CEO, médico e bilionário, de 33 anos, que vive...