cap 88

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Jaime Beaumont

Entro na empresa, cumprimento a todos e sigo direto para a sala de reuniões. Enquanto o Claus fala e fala, não consigo tirar da minha mente que foi o Maurício que enviou aquela foto para a Mayara.

Claus - Você concorda comigo, Jaime? (Fala me trazendo de volta)

Jaime- Por favor, Claus, será que podia repetir? (Falo e ele me olha intrigado, mas logo volta a repetir).

Ele quer colocar outdoor em cada cidade do país, anunciando as vantagens e os produtos da On the Trend, porém para mim não vejo rentabilidade em fazer isso, eu não digo alguns outdoors em certas capitais, as que ainda não temos franquias, já que esse exagero apenas é um gasto de dinheiro desnecessário.

Jaime - Claus, não concordo, esses outdoors têm que ser colocados em capitais onde ainda não conseguimos instalar franquias. Se fizéssemos do seu jeito, gastaríamos uma quantia significativa para lucrarmos pouco. Acredito que o tipo de outdoor que você quer é aquele 3D, correto?

Claus - Sim.

Jaime - Então, você sabe muito bem que, dependendo do tamanho, eles podem variar de 2.000 a mais de 50.000 mil?

Claus - Lógico que eu sei, Jaime.

Jaime - Então você sabe que temos 26 capitais brasileiras, com Distrito Federal totaliza 27. Se fizermos as contas das 27 capitais, vezes 50.000 mil, chutando o preço mais considerável, vamos ter um gasto de 1.350.000.

Claus - Jaime, essa quantia não é nada, com o que vamos alavancar depois.

Jaime- Realmente, esse valor não é nada, mas dependendo do tipo de trabalho e imagem que você quer, pode sair bem maior, e também possa ser que não tenhamos tanto lucros, você já viu a economia do Brasil, se quisemos ganha mais temos que alavanca os nossos preços, devido os impostos altos que pagamos, e você sabe que preços excessivo afasta a clientela.

Claus - É um risco que temos que correr.

Jaime - Eu já falei que não concordo, então iremos trabalhar em outro tipo de campanha, e com no máximo 5 outdoors.

Claus - Jaime...

Jaime - Reunião finalizada, obrigado a todos, agora podem se retirar.

Apesar das objeções de alguns, não vou mudar de ideia, já não basta a merda que o Lipe fez abrindo um cassino, que mal durou três meses nas mãos dele. Massageio minhas têmporas, afundando ainda mais na cadeira, mais de uma hora e meia de reuniões e já estou com dor de cabeça. Olho no relógio, já está na hora do almoço. Me levanto e vou em direção à Betty, pedi que mandem trazer o meu almoço, pois não terei tempo de ir em casa. Feito isso, volto para o meu escritório e ligo para a Mayara, apenas para dizer que não precisa me esperar para o almoço.

Após falar com a Mayara, volto a minha atenção para uma enorme pilha de papéis que estão na minha mesa, fico tão consertado em terminar que mal lembrei que a Betty já deveria ter trazido o meu almoço. Estou me levantando quando a porta abre e, no lugar da Betty, vejo a Mayara, o que me faz sorrir de orelha a orelha.

Jaime - Amor, o que faz aqui? (Questiono me aproximando dela)

Mayara - Vim trazer o seu almoço, com direto, a sobremesa e tudo. (Diz com um sorriso travesso no rosto)

Jaime - E os meninos? (Pergunto, envolvendo meus braços em sua cintura)

Mayara - Estão com a Sam... Vamos sair mais tarde.

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