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Os fundos da casa estava totalmente diferente dos dias comuns.

O altar, as flores de cores; amarelas, brancas, e azuis, com um laço verde, misturavam-se uma as outras no topo das árvores e em qualquer parte que poderiam ser postas.

As cadeiras estavam perfeitamente alinhadas e postas nos lugares corretos, o tapete estava alinhado e sem nenhum resquício de poeira ou sujeira.

As longas portas com lenços, exibiam sua altura e largura.

Os empregados estavam empenhados e atentos para receber os convidados que estariam próximos de chegar a qualquer momento. Alberto, o mordomo da casa, chegou à tempo para assistir a cerimônia e conversar com cada um.

Andando com pressa, Vera agitou seus cabelos atrás de suas costas. Seu vestido verde musgo realçou sua altura, assim como os anéis dourados em seus dedos cumpridos trouxeram delicadeza.

— Para aonde está indo, mãe? — indagou-lhe Patrícia, ao vê-la passar como um vulto.

— Eu vou ter que recepcionar os convidados junto com o Ramón. Somos donos da mansão... — deu de ombros.

— A senhora não vai poder ver a Mavi por agora, então?

— Infelizmente não, filha. Mas estarei ansiosa e à espera, próximo ao altar. Eu tenho que ir, nos vemos em breve.

— Certo.

Para Patrícia, Vera estava tão bonita que seria impossível dela não acabar ganhando olhares admiráveis. Até mesmo se alguém a olhasse com interesse, Patrícia não iria se surpreender. A jovem sacudiu a cabeça, e com um sorriso deixou o quarto.

Vera estava determinada a chegar o quanto antes do outro lado da porta, por tanto, a presença de Antonella foi motivo suficiente para que a mulher desacelerasse seus passos.

A velhinha estava linda em um vestido creme, com um lenço ao redor de seus braços, os pés dentro de sapatos baixos, e as mãos firmes na bolsa cumprida. Seu cabelo branco estava penteado para trás, num lindo e pequeno coque.

Vera a cumprimentou com um beijo no rosto.

— Que bom que você chegou, Antonella. Você está adorável!

— Muito obrigada, Vera.

— Que nada — deu de ombros — Mas e a senhora, como está?

— Estou muito bem... mas bem mais ansiosa pela Mavi.

— Todas nós estamos assim, pode acreditar!

— E aonde ela está? — a questionou, um pouco preocupada.

— Ela e as meninas já devem estar se preparando.

— É, isso é de se perceber — deu de ombros — Eu queria muito poder vê-las agora.

Vera olhou de relance para a escadaria.

— Eu vou pedir para que um dos meus empregados venha ajudá-la. Estou tendo que dar atenção e recepcionar todos os convidados, já que...

— Tudo bem, filha — a interrompeu — Você tem as suas responsabilidades, não precisa se preocupar comigo.

— Mas...

— Vera — a deu um olhar de advertência.

Vera suspirou, rolou os olhos, e sorriu.

— Está bem!

— hm.

— Até logo.

— Até...

Vera assentiu, seguindo para a porta logo em seguida. Antonella chegou a acompanhar a mulher com o olhar, mas logo se sentou cuidadosamente em um dos sofás, sentindo-se minúscula em uma sala como àquela — como sempre.

Simplesmente, Você | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora