5

20 4 0
                                    

Um novo ritmo foi chegado à casa. 
Não só para que o casamento desse certo, mas pelo amor vivo dentro do coração de cada um, pelos noivos.

Nos dois dias que se passaram, Ramón e Vera dedicaram-se mais do que nunca. Tudo estava decolando para o caminho do sucesso. Adam, como uma criança, estava olhando tudo e se apresentando para ajudar no que fosse preciso. Já Mavi, estava se esforçando para não enlouquecer com tantas perguntas sobre suas escolhas. De sorte, sua mãe se encarregou de lhe ajudar em tudo.

Sentadas na sala, Mavi, sua mãe, tia e amigas, tinham caixas abertas e próximas à elas com os cartões de convites — que ainda, naquele dia, iriam ser entregues aos convidados.

— Bom, eu já terminei a lista com as pessoas que eu sei que você conhece a bastante tempo — contou Nina.

— Obrigada, Nina. Você não sabe da ajuda que está dando a mim!

— Será muitas pessoas, filha? — indagou-lhe Maria.

— Hmmmm, tem pequenas chances de serem muitas. Já que meus amigos de verdade e que eu gosto são bem poucos.

— Mas tem alguns que até considera — comentou Nina.

— É.

— Você quer que eu os ponha na lista?

— Eu não sei — torceu os lábios — Na verdade, eu não quero tantas pessoas. Eu quero algo mais íntimo, algo mais entre nós. Ao mesmo tempo que eu quero que seja bem alegre, agitado...

Nina riu, voltando a escrever.

— Se a Mavi do passado escutasse isso, ela não iria crer.

— Eu não mudei tanto assim, vai.

Nina deu de ombros.

— Eu só quero pessoas que eu realmente gosto num dia tão importante. Como você, a Antonella. E até o Sr.Smith, que já matou tanta fome minha e de tantas outras pessoas pelo mundo a fora — defendeu-se —... mas eu estou errada ao pensar nisso?

— Não, Mavi — respondeu Vera — Não há problema nenhum, querida. É o seu casamento, e tem que ser conforme o seu coração desejar.

Nina concordou com um aceno.

— É verdade. E você não é obrigada a pôr gente na lista que você nem conhece direito só para eles não esquentarem sua orelha mais tarde.

— Esquentarem a orelha dela?

— É... tipo falar mal, dona Vera. Um negócio assim — justificou.

Vera gargalhou.

— Ah, entendi. E concordo.

— Ainda mais quando você e o Adam tiverem o seu filhinho — Nina a sacudiu.

Mavi deu um sorriso meio envergonhado.

— Eu não entendi.

— Ué. Quando vocês comemorarem o aniversário, ou qualquer outra coisa.

— Tem comemorações que devem ser feitas mais intimamente — comentou Maria — Mas eu não vejo a hora de comemorar algo do meu netinho. Não vejo a hora de ser avó!

— E eu de ter sobrinho de consideração — cantarolou.

— Vocês dizem essas coisas mas... — Mavi pôs uma de suas mechas para detrás da orelha —... eu nem sei se vou ser uma boa mãe.

As três discordaram com suspiros e olhares.

— Por que, Mavi? Você já cuidou de crianças quando elas eram bem pequenininhas.

Simplesmente, Você | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora