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O barulho baixo do bip foi responsável por trazer Mavi de volta. Logo seus olhos se abriram, encontrando a luz branca do quarto.

—... meu Deus.

O vazio em seu ventre veio instantemente ao sentir a falta, suas mãos correram para o local e tremeram por realmente não haver quase mais a saliez. Ela ergueu o tronco, disparando o seu olhar para todos os lados.

O cômodo com móveis extremamente limpos, perfeitamente organizados, aumentaram mais ainda a má sensação em seu coração. No entanto, com um suspiro, suas costas retornaram a se deitar com a lembrança do parto, do choro da sua bebê e do todo o cuidado que recebeu dos profissionais de saúde.

Sua menina havia nascido.

A porta foi aberta e logo a figura do seu marido iluminou o ambiente, seus lábios se abriram num sorriso grandioso para o homem.

— Meu amor...

Adam a beijou apaixonadamente. Mavi precisou dar uma risada para ele se afastar.

— Como você se sente, meu amor? — ele a perguntou, puxando uma das cadeiras próximas.

— Um pouco tonta mas muito aliviada. Eu mal acordei e já pensei que tinha acontecido alguma coisa com a minha bebê!

— É normal, você a gerou por todos esses meses.

— E estou amando cada vez mais — ressaltou — Mas então? Aonde ela está?

— As enfermeiras responsáveis estão cuidando dela, em breve irão trazê-la para cá.

Mavi voltou a sorrir.

— Eu não vejo a hora de vê-la de novo, pegá-la no colo e dizer o quanto eu a amo.

Adam a olhou com carinho.

— Tenho certeza que a nossa família está dessa maneira.

Sem que eles pudessem esperar, aqueles que comentaram surgiram com balões e presentes em suas mãos. Os de mais, por regra do hospital, tiveram de ficar na mansão. Mas o mais próximos, que tinham o coração de Mavi, estavam ali.

— Meus parabéns, minha filha! — comemorou Maria, indo até a ela.

Mavi não deixou de sorrir nos próximos minutos com a onda de abraços, felicitações e sorrisos em sua direção. Seu coração nunca havia saltado tanto naquele dia. Quando pensou que não poderia mais suportar, a enfermeira surgiu acompanhado por um outro enfermeiro, segurando a sua bebê no colo.

— Ah, meu Deus...

Seus braços se abriram automaticamente para acalentar aquela envolvida numa manta branca, dentro de um dos pijamas rosados que foram escolhidos e comprados para ela. Suas mãos estavam cobertas por luvinhas claras, as quais trouxeram uma satisfação enorme para a sua mãe.

— A sua filha é muito linda, Mavi — comentou o enfermeiro.

— Uma das mais lindas do hospital! — ressaltou Maria, ficando ao lado de Nina, a qual não tirou seu olhar com facilidade do homem que elogiou a pequena.

Mavi deu uma risada baixa, arrumando a postura da sua pequena em seus braços.

— Muito obrigada pelo carinho, mas ela é linda mesmo... — sussurrou — A menina mais linda de todo o Monte Cristo.

Seu nariz inspirou o cheiro adocicado da bebê que passou a amar desde quando havia descoberto gerando em seu ventre.

— E tão pequena...

Adam deslizou os seus dedos pelos cabelos louros da bebê, deparando-se com a grande semelhança da coloração do cabelo com o seu e o de Mavi — uma verdadeira junção dos dois em um só.

Simplesmente, Você | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora