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- TEM BOLO PRA TODO MUNDO! - anunciou Mavi, depois de cortar o primeiro pedaço grande que foi levado ao meio do salão.

Ela ajudou a distribuir, assim como a levar os salgados - mesmo não sendo necessário, e tendo já profissionais para isso, ela se empenhou e se disponibilizou em fazê-lo. Adam a olhou com orgulho, vendo que ela não iria deixar de ser quem era independente da situação. Estando ao lado de sua mãe, ele não pôde deixar de perceber um tom amargo atravessado no rosto da mulher.

Adam chegou a ficar receoso com o que poderia ser.

- Está tudo bem, mãe?

Lúcia o olhou rapidamente.

- Está sim, filho. Por que não estaria?

- Não sei... a senhora parece tão fechada. É alguma coisa relacionada à festa?

- Não, não! Isso com certeza não. Eu estou amando tudo, tudo!

-... então?

- Não se preocupe, meu bem. E nem ponha na sua cabeça que está relacionado à você, ou à sua esposa.

- Se a senhora quiser me dizer, sabe que eu estou aqui, não sabe?

- Eu sei, e estou muito grata por isso.

Ela o tocou gentilmente no rosto.

- Mas eu quero que hoje, você pense apenas na sua festa, na felicidade que é estar aqui depois de tantas coisas.

- É, nisso a senhora tem razão. Eu não posso negar a felicidade logo num momento tão importante como esse - cruzou os braços.

- Exatamente!

- Mas isso não quer dizer que eu não deva me preocupar nem que seja um pouco. Sabe que eu te amo.

- E por esse mesmo amor - disse, levantando-se - Você irá apenas se preocupar com a sua felicidade e a de sua noiva. Curta a festa, converse com quem você não quer perder contato tão cedo!

Adam suspirou.

-... tudo bem, mãe. Mas qualquer coisa...

- Se a coisa for grande demais e eu não puder dar conta, sei que tenho um filho que vai me ajudar nisso - o respondeu à tempo - Obrigada!

Ele assentiu, depois de ganhar um beijo em sua testa com os olhos fechados. Mas ao abrir os olhos e escutar um "boo!", não pode conter uma risada. Adam a trouxe para perto, juntando seus lábios ao da mesma.

- E então, está se divertindo muito? - indagou, afastando as mechas louras do rosto pálido.

- É, eu tô sim. Eu já entreguei um monte de prato, copo... é... doces também - contou, enumerando nos dedos - Tem as lembrancinhas também, né. Mas irão entregar no fim da festa.

- E por falar de fim de festa - comentou, levando suas mãos aos ombros de Mavi - Ainda pegaremos a estrada hoje.

-... então quer dizer que teremos que ir mais cedo?

- Humrum!

Os lábios de Mavi se curvaram.

- Ai, mas eu não quero ir agora, meu amor. Está tão bom... - disse com uma voz manhosa.

- Eu sei que está bom, isso eu não posso negar pois é a festa do nosso casamento! Portanto, não quero chegar tão tarde, não quero correr nenhum risco. Você me entende, não é?

Ela assentiu, sentindo os dedos dele em volta da pele de seu rosto.

-... mas nós já vamos agora?

- Agora, agora, não. Você ainda pode andar muito pelo salão, fazer muitas coisas. Mas assim que o nosso horário chegar, não podemos passar dele... até mesmo os organizadores já sabem, e eles terão que se responsabilizar pela limpeza.

Simplesmente, Você | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora