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Tendo Mavi descansando a cabeça em seu ombro direito, Adam a envolveu mais um pouco enquanto o desenho terminava. Sua esposa fez um pequeno movimento, o qual teve sua atenção. Ele uniu sua mão à dela por cima da blusa, a qual abrigava e protegia a pele sensível do frio.

Adam sorriu junto com Mavi, ao sentir o movimento abaixo de seus dedos.

— Acho que ela gosta de nós... — comentou ela — Fica tão agitada quando nos sente por perto.

— Disso eu tenho certeza...

Ele suspirou, pensando em sua criança.

— Ainda não escolhemos um nome.

Os olhos da mulher quase saltaram para fora.

— Ai, é verdade!

Ela tampou um pouco dos seus lábios.

— Nem para você me lembrar antes...

— Eu pensei que você já tivesse um.

— E olha que eu já tenho, sim. Mas são vários! — ela deu uma risadinha.

— E quais são, meu amor?

— Bom. Tem dois que eu estou bem divida ainda.

Ela se afastou, esticando suas pernas.

— Ana e Melissa.

— Melissa?

— Não gostou?

— Não, é que...

— Adam.

— Não sei — ele deu de ombros — Me passa a mensagem de que é uma menina muito... vamos assim dizer que... riquinha?

— Querendo ou não, os nosso filhos serão.

— É, mas... ah — deu de ombros novamente — Eu acho que Aurora iria ficar melhor.

O impacto da almofada contra o ombro dele o fez dar uma risada alta.

— O que foi? Não gostou da minha sugestão?

— Já não basta eu carregar esse nome, farei a minha filha passar por isso? Não mesmo!

— Você não pode dizer isso, em. Seu verdadeiro nome é esse, e foram os seus pais que escolheram.

— Por meus pais serem quem escolheram eu ainda relevo, vou fazer o que? Mas não quero aderir tanto na minha vida. Estando apenas nos meus documentos, já está sendo o suficiente.

— Está bem, Aurora.

— Quer outra almofadada?

Adam riu, descansando suas costas contra o encosto do sofá.

— Mas eu estou falando sério, temos que escolher o nome.

—... deixa eu pensar numa outra opção que não seja Aurora — olhou para o alto.

Mavi o olhou com expectativa.

— Que tal, Lúcia...

— Lúcia?

— É o nome da minha mãe... — disse ele erguendo-se aos poucos — Eu imagino ela perfeitamente... pequena, dos cabelos tão louros quanto os da mãe... com as bochechas mais fofas e cheias do mundo!

Mavi segurou a si mesma para acabar não derramando nenhuma lágrima. Adam falava com tanta paixão, que se emocionar por ele era algo que não conseguiu evitar.

— É uma boa ideia mas, acho que nossas mães irão questionar — avaliou — Que tal então... Juntarmos o nome delas?

— Tipo... Maria Lúcia?

Simplesmente, Você | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora